NOVO EUFEMISMO NO PEDAÇO!
AGORA, POLUIÇÃO DO MAR NÃO É MAIS POLUIÇÃO É "PLUMA".
KKKKKKKKKKKKKK, CHIQUÉRRIMO!
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1. NOTA TÉCNICA –
MANCHA ESCURA NA PRAIA DO PINA
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Técnico: Assis Lins
de Lacerda Filho
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- Analista Ambiental –
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Eng. de Pesca e MSc
em Oceanografia Biológica.
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Assunto:
Esclarecimentos sobre “mancha” escura na Praia do Pina, registrada no dia 5 de
janeiro de 2013 no período da tarde, e divulgado na impressa em geral.
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QUANTO ÀS CONDIÇÕES
GERAIS DO DIA
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Para entendimento
do fenômeno registrado, necessitamos de esclarecimentos gerais das
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condições
ambientais da região, como sendo:
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1 – Trata-se da
zona costeira do Estado de Pernambuco, especificamente da região do
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entorno da
desembocadura única dos estuários urbanos de vários rios da região metropolitana
do Recife, como: Capibaribe, Beberibe, Jiquiá, Jordão e Pina; e da existência do
Porto do Recife na área da foz coletiva;
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2 – Ressaltamos a
grande concentração urbana em zona costeira do Estado e de área urbana com
grande deficiência de sistema de coleta, tratamento e destino final de efluentes
sanitários, resultando em grande carga orgânica nos ambientes
aquáticos(estuarinos e costeiros);
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3 – Coincidência de
época de verão forte, com pouca precipitação de chuvas na zona costeira,
condições essas, que contribuem para o aumento da concentração da carga orgânica
na bacia estuarina do Recife (Capibaribe, Beberibe, Jiquiá, Jordão e
Pina),podendo causar impactos ambientais mais agudos e temporários;
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4 – Coincidência
com os últimos dias de ciclo de marés de quadratura (maré média ou maré morta),
quando há uma grande diminuição da circulação estuarina e costeira, uma diminuição
na amplitude das marés, como a registrada no dia do evento (5.2.13) quando a
baixa mar foi de 0,8m, às 05:34 horas do início do dia e a preamar alcançou
1.9m, às11:39 e iniciando a vazante que se estendeu pelo período da tarde;
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VISTORIA TÉCNICA DE
5 DE JANEIRO DE 2013 – Período da tarde.
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Para melhor
entendimento, executamos uma vistoria de campo na região da Praia do Pina, com
observações na praia, propriamente dita, e no heliponto (21º andar) do edifício
da JCPM localizado em local de excelente visualização da zona costeira.
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Encontramos uma
equipe da Capitania dos Portos, na pessoa da Primeiro-Tenente Flávia Rosana
Dias Pessoa, que também visualizou a região do teto do edifício;Fomos
acompanhados por um Soldado Bombeiro da equipe de segurança do edifício,que do
alto do heliponto, relatou a ocorrência e detalhou a direção de origem do
evento,como tendo iniciado no Porto do Recife e se deslocando para o sul, o
mesmo afirmou que no inicia da tarde, a mancha escura se localizava no início
da praia do Pina, nas proximidades na praia “Buraco da Veia” e que, com o
decorrer da tarde, deslocou-separa toda a praia e alcançou a área ao sul do
edifício;
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2. Para melhor
entendimento, ilustraremos com imagens da vistoria: Observação da “mancha”
escura, já ao sul do edifício JCPM, com clara distinção das diferentes massas
d’água da zona costeira:
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1 – A pluma
costeira mais escura na proximidade da praia, vindo do norte para o sul;
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2 – a água mais clara, na sequência da praia
do Pina para Boa Viagem;
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3 – e a água mais
distante da costa, com coloração azul oceânico;Imagem capturada do heliponto do
edifício do JCPM, no Pina. A imagem frontal ao edifício JCPM, demonstra as
observações da imagem anterior, ou seja:
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A zona costeira com
três diferentes colorações da água, a mais próxima com o efeito da pluma
escura, a intermediária e mais clara e uma mais distante e com o tom de azul
escuro oceânico; Essa imagem confirma a tonalidade do mar de verão da região
costeira de Pernambuco, aumenta a influência das massas oceânicas e de
tonalidade azul escura, em contraste com as águas costeiras e sob a influência
dos efluentes estuarinos e circulação natural do litoral. Da mesma posição
anterior, observamos que a pluma escura predominava na região da saída do Porto
do Recife, e diminuindo na direção sul.
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3. CONSIDERAÇÕES E
CONCLUSÃO
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Considerando as
condições ambientais da região costeira do Estado de Pernambuco, principalmente
da região metropolitana e do entorno do Porto do Recife;Considerando a
confluência de fatores diversos de clima seco do verão, das condições das marés
da semana que antecede o fenômeno e da circulação costeira e estuarina
da região;Considerando o contraste da coloração das águas limpas oceânicas e
costeiras de verão,com a qualidade das águas estuarinas e urbanas de áreas
impactadas com efluentes domésticos e industriais;Podemos concluir que:A
“mancha” escura visualizada na Praia do Pina e divulgada na imprensa
estadual,como um grande impacto ambiental, trata-se da confluência de vários
fatores ambientais regionais que influenciaram na circulação costeira e
provocou o deslocamento da pluma proveniente dos estuários urbanos do
Recife/Olinda, na direção das praia do Pina e Boa Viagem que tem águas límpidas
nessa época do ano.
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Recife, 6 de
fevereiro de 2013
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Assis Lins de
Lacerda Filho
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Analista Ambiental
– CPRH
Eng. de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica
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