CÂNCER, ÁLCOOL E REFRIGERANTES
Por
Aluizio Gomes
1.ÁLCOOL
O consumo de bebidas alcoólicas é uma importante causa
de vários tipos de câncer, junto com o tabagismo e infecções crônicas, disseram
pesquisadores recentemente.
O consumo excessivo de álcool eleva o risco de câncer de boca, laringe, esôfago, fígado, cólon e mama. Também pode estar ligado aos cânceres de pâncreas e de pulmão.
"O álcool é subestimado como causa do câncer em muitas partes do mundo", disse Paolo Boffetta, da Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), em Lyon, na França.
"Uma proporção considerável do câncer hoje em dia é decorrente do consumo de álcool, e isso está aumentando em muitas regiões, especialmente no leste da Ásia e no Leste Europeu", afirmou ele numa entrevista.
Boffetta e Mia Hashibe, que revisaram pesquisas sobre a ligação entre o álcool e o câncer, concluíram que, quanto mais álcool se consome, mais alto é o risco de desenvolver câncer.
Entretanto, eles recomendaram que as pessoas bebam com moderação, em vez de abolir totalmente as bebidas alcoólicas, por causa de seus benefícios de proteção contra doenças cardiovasculares.
"A abstenção total de álcool, embora seja ideal para o controle do câncer, não pode ser recomendada em termos de uma perspectiva ampla de saúde pública, em particular nos países com alta incidência de doenças cardivasculares", disse Boffetta num trabalho publicado na revista The Lancet Oncology.
Os cientistas afirmam que homens e mulheres devem limitar seu consumo de álcool, de modo a aproveitar os benefícios e evitar os perigos ao mesmo tempo."A versão mais recente do código europeu contra o câncer recomenda a manutenção do consumo diário em dois drinques para homens e um para mulheres", disse Boffetta.
Nos países desenvolvidos, em 2000, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o álcool tenha causado 185 mil mortes de homens e 142 mil de mulheres, mas que tenha evitado 71 mil mortes de homens e 277 mil mortes de mulheres.
Nos países em desenvolvimento, onde há menos casos de doença cardiovascular, o álcool foi ligado a 1,52 milhão de mortes de homens e a 301 mil de mulheres.Os cientistas concluíram que as doenças ligadas ao álcool são um problema de saúde na Europa central e no Leste Europeu."O álcool é provavelmente o principal fator responsável pelo risco aumentado de câncer de cabeça e pescoço registrado em vários países, principalmente na Europa central e do leste", disse Boffetta.
Ainda não está claro exatamente como o álcool eleva o risco de desenvolver câncer, mas a suscetibilidade genética é um componente importante."Devido à relação dose-resposta linear entre o consumo de álcool e o risco de câncer, o controle do consumo excessivo permanece sendo o maior alvo para o controle do câncer", acrescentou o cientista.
O consumo excessivo de álcool eleva o risco de câncer de boca, laringe, esôfago, fígado, cólon e mama. Também pode estar ligado aos cânceres de pâncreas e de pulmão.
"O álcool é subestimado como causa do câncer em muitas partes do mundo", disse Paolo Boffetta, da Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), em Lyon, na França.
"Uma proporção considerável do câncer hoje em dia é decorrente do consumo de álcool, e isso está aumentando em muitas regiões, especialmente no leste da Ásia e no Leste Europeu", afirmou ele numa entrevista.
Boffetta e Mia Hashibe, que revisaram pesquisas sobre a ligação entre o álcool e o câncer, concluíram que, quanto mais álcool se consome, mais alto é o risco de desenvolver câncer.
Entretanto, eles recomendaram que as pessoas bebam com moderação, em vez de abolir totalmente as bebidas alcoólicas, por causa de seus benefícios de proteção contra doenças cardiovasculares.
"A abstenção total de álcool, embora seja ideal para o controle do câncer, não pode ser recomendada em termos de uma perspectiva ampla de saúde pública, em particular nos países com alta incidência de doenças cardivasculares", disse Boffetta num trabalho publicado na revista The Lancet Oncology.
Os cientistas afirmam que homens e mulheres devem limitar seu consumo de álcool, de modo a aproveitar os benefícios e evitar os perigos ao mesmo tempo."A versão mais recente do código europeu contra o câncer recomenda a manutenção do consumo diário em dois drinques para homens e um para mulheres", disse Boffetta.
Nos países desenvolvidos, em 2000, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o álcool tenha causado 185 mil mortes de homens e 142 mil de mulheres, mas que tenha evitado 71 mil mortes de homens e 277 mil mortes de mulheres.
Nos países em desenvolvimento, onde há menos casos de doença cardiovascular, o álcool foi ligado a 1,52 milhão de mortes de homens e a 301 mil de mulheres.Os cientistas concluíram que as doenças ligadas ao álcool são um problema de saúde na Europa central e no Leste Europeu."O álcool é provavelmente o principal fator responsável pelo risco aumentado de câncer de cabeça e pescoço registrado em vários países, principalmente na Europa central e do leste", disse Boffetta.
Ainda não está claro exatamente como o álcool eleva o risco de desenvolver câncer, mas a suscetibilidade genética é um componente importante."Devido à relação dose-resposta linear entre o consumo de álcool e o risco de câncer, o controle do consumo excessivo permanece sendo o maior alvo para o controle do câncer", acrescentou o cientista.
2.REFRIGERANTES
Vários
estudos apresentados em um encontro com especialistas em câncer e em doenças
gastrintestinais mostraram que os alimentos e líquidos ingeridos pelas pessoas
podem influir em sua predisposição a desenvolver vários tipos de câncer.
"Essa
pesquisa corrobora as recomendações médicas de que as pessoas tenham uma dieta
saudável," disse Lee Kaplan, do Hospital Geral e da Faculdade de Medicina
de Harvard, em Boston (EUA).
Uma equipe
do Hospital Memorial Tata, na Índia, descobriu uma forte correlação entre o
aumento do consumo per capita de refrigerantes nos últimos 50 anos e o aumento
no número de casos de câncer do esôfago nos Estados Unidos.
Membros da
equipe estudaram dados do Departamento de Agricultura dos EUA e descobriram que
o consumo anual per capita de refrigerantes aumentou mais de 450 por cento, de
49 litros em 1946 para 224 litros em 2000.
E, nos
últimos 25 anos, a taxa de incidência da doença cresceu mais de 570 por cento
entre os norte-americanos do sexo masculino. O câncer de esôfago atingiu 13.900
norte-americanos em 2003, dos quais mais de 10 mil eram homens, matando quase todas essas pessoas,
segundo a Sociedade Americana do Câncer.
O número de casos de câncer do esôfago acompanhou
claramente o aumento do consumo de refrigerantes, afirmaram os pesquisadores.
Isso poderia ser coincidência. Mas os cientistas
também apontaram para pesquisas nas quais se identificaria uma possível base
biológica para esse efeito. Os refrigerantes fazem o estômago distender-se, o
que provoca refluxo gástrico, algo associado ao câncer no esôfago.
Os cientistas descobriram tendências semelhantes em
todo o mundo. Os países em que o consumo anual per capita de refrigerantes
ultrapassava a marca dos 90 litros também apresentavam taxas cada vez mais
altas de câncer no esôfago.
06/02/2006
Nenhum comentário:
Postar um comentário