A
SOCIEDADE DE CONSUMO
Por
Aluizio Gomes
Pode-se dizer que o berço da civilização
ocidental foi a Grécia Antiga.
As
civilizações mais antigas ficavam mais no Oriente e na África:Egito,Pérsia e
Mesopotâmia.
Os
filósofos gregos, Aristóteles, Platão, Sócrates, e tantos outros, desenvolveram
todo um arcabouço intelectual, que deu base ao crescimento da civilização
ocidental.
Este
crescimento mostrou a potencialidade do homem em criar, inventar, o que se
refletiu numa coisa que ninguém esperava, mas foi consequência: o aumento da
produtividade, da riqueza, como um todo, e ainda mais, do poder.
A
sofisticação da civilização ocidental distanciou-se assim do ascetismo
asiático. Importando o cristianismo asiático, de Jerusalém, para Roma, foi
outro golpe político, para castrar o antigo ascetismo cristão.
A
Igreja de Roma tornou-se mais secular do que religiosa, praticou descaradamente
a simonia, até descambar na Reforma de Lutero.
Outro
descaminho funesto da nossa civilização deu-se com o Renascimento. Invés de
voltar ao antigo ascetismo, aumentou em muito a capacidade do homem em acumular
riqueza, através de uma nova invenção sua: as máquinas.
Por
toda a Europa, sempre houve protestos e insatisfações contra ao poder de poucos
contra muitos. Thomas Moore escreveu então “A Utopia”, um lugar imaginário,
onde não haveria discriminações nem injustiças.
Novos
filósofos, principalmente na França, lançaram as bases para a derrubada da
monarquia, corrigindo antigas injustiças, como o feudalismo, servidão, etc.
Mas,
foi uma revolução burguesa, deu mais poder ainda ao capitalismo, que veio à
tona com uma nova injustiça: o capitalismo selvagem.
Vem
então Karl Marx, que levanta a civilização contra a nova injustiça, propondo
uma sociedade onde não haveria propriedade privada.
Teoricamente,
funcionaria muito bem, se não fosse uma coisa inerente ao homem: a cobiça, mas
isto é outra história.
No
universo capitalista, a cobiça realmente levou a enormes desvios, sendo a
obsolescência programada apenas um deles.
Ecologia,
acessibilidade, sustentabilidade, são coisas relativamente recentes, aos quais
já existem muitos grupos cuidando do assunto, e os industriais, lentamente, vão
se adaptando aos novos tempos.
O
que, particularmente acho saudável nisto tudo, e digno de nota, é a liberdade
que temos em criticar o sistema, sem risco de apodrecer numa masmorra.
O
capitalismo é imperfeito, reflete a própria imperfeição do homem, porém ele se
reinventa. O capitalismo de hoje não é igual ao capitalismo de 100 anos atrás.
A
obsolescência programada produz grandes danos ambientais, o lixo industrial,
etc, tudo isto colocou a indústria em cheque, mas deve-se reconhecer que nos
países comunistas, e na Rússia, o desrespeito a normas ambientais é maior do
que no ocidente.
Para
evitarmos um colapso ambiental , precisamos de bens mais duráveis, e normas de
reciclagem mais rígidas.
A
indústria, investindo mais em R & D (Research and Development), pode e deve
lançar no mercado bens mais duráveis, porém só acordos internacionais, que boicotem
indústrias transgressoras, fará com isto funcione na prática.
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