RECEBIDO DE JOÃO MORAES
A origem e trajetória
de Eike.
Um crime de lesa Pátria.
Década de 50:
Augusto Trajano Antunes (representante da Bethlehem Steel e da
Hanna dos USA) e Eliezer Batista (funcionário da Vale, empresa criada por
Getúlio Vargas) fundaram a MBR concorrente da Vale. Assim Eliezer vendeu-se a
Antunes: cometendo gravíssimo crime de peculato, contra o Brasil.
Década de 60:
Eliezer é demitido da Vale por receber suborno de empreiteiros.
Assume então a presidência de empresa de Antunes (a ICOMI no Amapá, que mais
tarde surgiria em nome de Eike). Protegido por Antunes, Eliezer volta à Vale
e continua a cometer crime de peculato, transferindo mercados da Vale para a
sua própria MBR.
Década de 70:
A Vale compra Carajás da U S Steel. O patrimônio da Vale sobe
para mais de 30 bilhões de dólares, convertendo-se na maior mineradora de
ferro do mundo.
Década de 80:
Eliezer volta à Presidência da Vale e vende cerca de 30% deste
gigantesco patrimônio por 180 milhões de dólares (menos de 5% do valor)! O governo
chega a perder o controle da Vale: sua participação cai abaixo de 50%. Reina
a confusão, a Folha de S Paulo, a Tribuna da Imprensa, O Globo, denunciam o
crime. A revista Senhor publica um mapa de jazidas da Vale sobre o qual se
lê: ?a ser cedido ao grupo Antunes?. Denuncias abortam a transferência de
jazidas de ouro (Bahia) para sócios de Eike, e de jazidas de bauxita para
grupo americano (oeste do Pará). Jazidas da Vale em Corumbá (Urucum) surgem
nas mãos de Eike. O senador Severo Gomes aprova uma CPI e publica livro
expondo a gigantesca roubalheira (leitura obrigatória: Companhia Vale do Rio
Doce: Uma Investigação Truncada. Editora Paz e Terra. Prefácio de Paulo
Sergio Pinheiro ). Eliezer é demitido. Porém permanece imensamente rico e
impune - a origem do fenômeno Eike.
Década de 90:
O resto da Vale é vendido por 4 bilhões de dólares. Os próprios
compradores a avaliam e compram! (depoimento de Daniel Dantas à Miriam
Leitão). Eike emerge do nada, como um dos homens mais ricos e geniais do
mundo. Dinheiro corre. Corrompem à esquerda e á direita. Compram consciências,
políticos e funcionários públicos. Filmes, livros e jornalistas, vendem sua
patranhas, exaltando a genialidade do "cara".
Década de 2010:
Aconselhado por José Dirceu, Eike entra no ramo
de petróleo. O geólogo Paulo Mendonça, e Rodolfo Landim, ex Petrobras,
compram, à peso de ouro, técnicos da empresa, e estruturam a OGX. Pedro Malan
e Rodolpho Tourinho vão assessorar Eike. O Fundo de Marinha Mercante empresta
bilhões à OGX, e seu presidente vai trabalhar para Eike.
Entretanto não se pode
roubar, corromper, enganar e ainda se exibir, para todos, para sempre. O
crime necessita de proteção de "sombras". E Eike é um exibicionista
compulsivo e péssimo empresário. Tardiamente, o mercado está descobrindo isso.
Cedo ou tarde a verdade virá à tona.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário