quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
LUDENDORFF
LUDENDORFF,
O HOMEM QUE AJUDOU A DESTRUIR A VELHA EUROPA
Por Aluizio Gomes
1. PREÂMBULO
Nas
primeiras décadas do século XX, a Europa passou por incríveis transformações,
ela que vinha de uma longa era de estabilidade, paz e progresso material: a belle
époque, a era vitoriana, conquistas como eletricidade, rádio, telefone,
telégrafo, ferrovias, etc., haviam
expandido a economia, além de progressos na química e na medicina. Por último
veio o automóvel, o avião, e mais progresso na economia, com a entrada no
mercado de insumos como borracha e petróleo. O resultado foi a enorme
acumulação de capitais no sistema financeiro, conglomerados econômicos, com
novas formas de administração, como os trustes. A produção em série, com a
linha de montagem, mais uma vez aumentou a capacidade de produção da indústria.
Tudo isto fortaleceu enormemente a burguesia, é a era dos Rockfellers,
Rothschilds, Morgans, etc, também chamados de robber barons,a era do
capitalismo selvagem. Como a toda ação corresponde uma reação, esta, no caso, foi a ascensão do
comunismo, calcado na enorme massa operária que ralava nas fábricas, para
enriquecer os burgueses. Entre o rochedo e o mar ficou a aristocracia, fadada a
desaparecer. Este componente social, que vinha desde a Idade Média, tinha
sofrido duro golpe na Revolução Francesa, porém, com a derrota de Napoleão,
veio a reação austríaca- prussiana, liderada por Metternich, o que deu mais um
século de sobrevida às monarquias decadentes.
Porém,
tudo ruiu com a Primeira Guerra Mundial. Caíram poderosas monarquias, alemã,
austríaca, russa, além de ser extinto o também poderoso império medieval Turco
Otomano. Os Bálcãs, países bálticos, e países do leste europeu foram totalmente
remodelados, enquanto França e Inglaterra, como lobos famintos, se apoderavam
dos espólios turcos, terras riquíssimas em petróleo. É a era das 7 Irmãs:
Standard Oil, Royal Dutch & Shell, British Petroleum, Texaco, Mobil Oil,
etc. Estas empresas provocavam revoluções, tiravam e colocavam governantes, por
métodos sempre obscuros.
2.
ERICH LUDENDORFF
Ao
eclodir a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha planejou invadir a França através
da Bélgica, seguindo o famoso Plano Schlieffen. A ala direita da força alemã
precisava girar como um compasso, em torno de um pivô, que seria a ala
esquerda, destinada a ficar estática, ao sul da França. Porém, no caminho da
ala direita ficava Liège, uma praça fortificada. Após tremendo bombardeio,
Ludendorff ficou perdido na confusão, separando-se de seus compatriotas.
Pensando que a praça houvesse sido conquistada, foi para lá de táxi, e ao
chegar, bateu na porta com o punho da espada.Esta foi aberta por soldados belgas, e a surpresa
foi dos dois lados. Pensando que o general estava com seu exército, os belgas
se renderam. A repercussão deste fato foi enorme, dando uma fama duradoura ao
general, que ganhou do Kaiser a cobiçada medalha Pour le Mérite.
Mas,
não ficou só nisso. Depois, veio Tannenberg, façanha de maior repercussão e de
consequências históricas tremendas, pois foi o princípio do fim da monarquia
russa. A Alemanha planejava derrotar a França em poucas semanas, para depois
cuidar da Rússia. Esta estratégia saiu errada, pois os franceses,
desesperadamente, apelaram aos russos para entrarem mais cedo na guerra. A
Rússia, sem prever as consequências disto, atacou, sem estar devidamente
preparada. Os germânicos então transferiram unidades do Oeste para o Leste,
tiraram Hindenburg de volta de sua reforma, e fizeram a famosa dupla
Hindenburg-Ludendorff. É verdade que o plano de batalha de Tannenberg já estava
feito pelo coronel Max Hoffman, porém todos os louros foram para os dois de
maior patente. Tanto que, depois, Hoffman afirmou: "Depois de Tannenberg,
deixei de acreditar em Aníbal e César". Após Tannenberg, Ludendorff
consolidou sua fama, a Rússia foi humilhada e derrotada também ao sul, nos
Cárpatos, e Ludendorff ainda deu um presente de grego a eles, tirando Lênin do
exílio na Suíça, e mandando-o de volta a seu país. A revolução fermentou, e em
1917 caiu a monarquia russa. Em 1918 caíram as monarquias alemã e a
austro-húngara, o mesmo acontecendo na Bulgária.
Ludendorff,
como todo general alemão, um excelente tático e péssimo estrategista, garantiu
aos políticos alemães que ainda poderia ganhar a guerra, e em 1918 fez um
desesperado ataque à França, já com a Rússia fora da guerra. Sua estratégia
falhou miseravelmente, e os alemães tiveram que fazer uma paz humilhante, no
Tratado de Versalhes. A Alemanha saiu falida, sofreu uma inflação pavorosa, e
como desgraça pouca é besteira, Ludendorff ainda foi dar ouvido a um austríaco
pobre e obscuro, porém dono de uma
retórica muito forte, chamado Adolf Hitler. O resto da história vocês já sabem.
OBRA
CONSULTADA:
"LUDENDORFF-
Soldado, Ditador, Revolucionário"-D.J. Goodspeed-Biblioteca do Exército
Ed. e Editora Saga- (1968)
Transcrevemos
abaixo, as duas últimas páginas da obra acima, valendo como o julgamento da
História:
"A
20 de Dezembro de 1937, a tempestuosa odisseia de Ludendorff chegou ao fim, no
Hospital Josephiniun, na Schönfeldstrasse em Munique. Morreu aos 72 anos, em
consequência de um mal de bexiga, recebendo a carinhosa assistência, até o
final, das freiras daquela igreja que ele injustamente atacara nos últimos 15
anos de sua vida. Dois dias depois, Hitler acompanhou o esquife pelas ruas de
Munique até o Feldherrnhalle, onde o Marechal-de-Campo Von Blomberg, Ministro
da Guerra nazi, pronunciou o discurso fúnebre. O corpo de Ludendorff permaneceu
embalsamado na Feldherrnhalle, com uma grande bandeira suástica estendida sobre
o caixão e sob a guarda de 4 soldados nazis. No seu testamento, Ludendorff
estabelecera expressamente que não desejava ser sepultado no Cemitério dos
Inválidos em Berlim, nem na cripta do Monumento Comemorativo de Tannenberg, mas
em Tutzing. Hitler não desprezou o desejo do morto, embora relutasse em deixar
os restos de Ludendorff exclusivamente a
cargo de Mathilde, quando poderia servir a objetivos partidários em um
panteão nazi.
A
Primeira Guerra Mundial, ocorrendo, como ocorreu, quando a Europa vinha de uma
longa idade ouro, constituiu um dos mais trágicos episódios da história
moderna. E o domínio que Ludendorff exerceu sobre a política alemã desde agosto
de 1916 até Outubro de 1918 teve papel decisivo na tragédia, aprofundando-a
sensivelmente. Ele possuía notável talento militar.
As
doutrinas defensivas e ofensivas desenvolvidas sob sua direção revestiram-se de
um brilho tático não demonstrado em qualquer outra parte na mesma guerra e
raramente igualado em qualquer outra guerra. Enquanto contou com Hofmann ao seu
lado, revelou também brilho estratégico de primeira grandeza. Sua habilidade
administrativa foi ainda mais pronunciada e ele deve ser classificado como um
dos máximos organizadores militares de todos os tempos.
Contudo,
sua direção levou os negócios da Alemanha a um tremendo desastre. Faltavam-lhe,
por completo, treino e talento para lidar com problemas políticos, mas, com a
autossuficiência que lhe era peculiar, impunha sua vontade ao Kaiser, ao
governo civil e à nação alemã. Inteiramente incapaz de trabalhar com homens
moderados em um mesmo nível, ditava suas normas políticas de curto alcance e
por elas lutava com uma obstinação criminosa. Sua rudeza para com a Rússia, sua
ingênua crença na miragem da força militar polonesa, seu tolo desdém quanto ao
poderio americano e sua recusa a toda possibilidade de uma paz de compromisso,
levaram a Europa à ruína. Os três grandes impérios desmoronaram e, por mais que
se lhes pudessem apontar os defeitos, boas razões havia para lamentar-se a
queda. Em certos sentidos, Ludendorff bem se ajustava ao terrível mundo novo
que contribuíra para criar, porque, pelo seu temperamento, preferia métodos
cruéis e radicais e a prova disso está no fato de haver encontrado o seu lar
espiritual no partido Nazi.
Se
bem que a Primeira Guerra Mundial tivesse sido um erro grave de cortar o
coração, com um pouco mais de boa vontade e um pouco menos de orgulho em ambos
os lados muita coisa muita coisa teria sido evitada: o prolongamento da luta, a
ascensão de Hitler e o caráter de inevitabilidade do segundo conflito mundial.
Neste ponto coube a Ludendorff uma grande parcela de responsabilidade. Hitler
bem poderia ter chegado ao poder sem o apoio de Ludendorff, embora esse apoio
lhe tivesse sido de incalculável vantagem nos primeiros tempos, mas Hitler
jamais teria chegado ao poder se a Alemanha não estivesse tão abalada pela
guerra que Ludendorff estendera por tanto tempo.
A
vida de todos os homens é uma luta entre o bem e o mal, que continuamente se
digladiam. O bem predominou no começo e no meio da vida de Ludendorff: coragem
pessoal, inteligência, determinação e um alto e desprendido senso de dever.
Nenhuma dessas, entretanto, era uma virtude verdadeiramente heroica e nada
menos que heroicas virtudes poderiam responder ao desafio do comando supremo.
Em Ludendorff, cedo as trevas sobrepujaram as luzes do espírito. Com o decorrer
do tempo, o orgulho afugentou o desprendimento, a inteligência se obumbrou e feneceu
e até a coragem pessoal foi substituída por uma barba postiça e um par de
óculos escuros”.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
ANÁLISE OFICIAL FEITA PELA CPRM DA ÁGUA DO RIO DOCE
DESMENTINDO OS BOATEIROS E DESPREPARADOS
RESULTADO OFICIAL DA ANÁLISE DO MAR
DE LAMA NO RIO DOCE, FEITO PELA CPRM
ESTÁ NO SITE DA CPRM SE QUISER
CONFERIR.
Novos resultados descartam aumento
de metais pesados no rio Doce
Novas amostras de água e sedimentos coletadas
no rio Doce pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), entre os dias 14 e 18 de
novembro de 2015, após o acidente ocorrido na barragem em Mariana (MG), apontam
que não houve aumento na presença de metais pesados na água e nos sedimentos em
relação aos dados de 2010, também coletados pela CPRM. Portanto, não há
indicações de que a lama seja tóxica em relação a metais pesados.
Os resultados obtidos em mais de 40
coletas mostram uma quantidade de material em suspensão (turbidez) muito acima
dos valores observados pela CPRM em 2010. Além da turbidez, os resultados
revelam também uma diminuição significativa na quantidade de oxigênio
dissolvido na água que pode estar relacionada com a mortandade de peixes.
Água - Do ponto de vista da
qualidade, a água pode ser analisada sob duas perspectivas: a água bruta que se
encontra nos corpos d’água, como rios e lagos; e a distribuída às populações
pelas companhias de abastecimento após tratamento.
As análises da água bruta buscam
identificar parâmetros físicos, como turbidez (detritos e lama, por exemplo) e
parâmetros químicos, como a concentração de metais (Alumínio, Arsênio, Cádmio,
Chumbo, Cobre, Cromo, Ferro, Manganês, Mercúrio, Zinco, entre outros).
A Resolução nº 357 do Conselho
Nacional de Meio Ambiente (Conama) se refere à água bruta ainda nos corpos
d’água e a Portaria 2.914 do Ministério da Saúde dispõe sobre padrões de
potabilidade da água, ou seja, como a água deve sair das Estações de Tratamento
para ser distribuída.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
O REI "TAMPINHA"
VITTORIO
EMMANUEL III, O REI “TAMPINHA”
Por
Aluizio Gomes
O rei da Itália Vittorio Emmanuel III conseguiu
uma façanha histórica: ficou no trono durante 46 anos (1900 a 1946) numa era
extremamente conturbada na Europa, a qual sofreu duas guerras devastadoras, viu
caírem monarcas poderosos, como na Rússia e Alemanha, e a ascensão de tiranias
implacáveis por todo lado.
No
fundo de toda a efervescência, o fogo que atiçava revoluções e contra revoluções,
estava o marxismo, na sua luta contra o capitalismo selvagem e a aristocracia
parasita.
Ao
poder chegaram líderes com vestes ditatoriais: Hitler, Stalin, Mussolini,
Franco, mas o rei continuava lá, no trono. E, curiosamente, em vez de perder
poder, ainda aumentou o mesmo, no rastro das conquistas de Mussolini. Tornou-se
imperador da Etiópia, em 1936, e rei da Albânia em 1939.
Era
baixinho, media apenas 1,53m. Os italianos colocaram nele o apelido de “Sciaboletta¨
(faquinha). As conquistas atrapalhadas de Mussolini, que queria restaurar o
antigo Império Romano, foi demais para as combalidas finanças italianas,
impedindo a modernização das forças armadas e fazendo que o tiro saísse pela
culatra, com o desastre da II Guerra Mundial.
Assim,
os italianos fizeram outra gozação com o rei “tampinha”:
“Quando
Vittorio era soltanto re
Si
bevea del buon caffè.
Poi
divenne Imperatore
Se
ne sentì solo l’odore.
Oggi
che è anche Re d’Albania
Anche
l’odore l’ han portato via.
E
se avremo un’altra vittoria
Ci
mancherà anche la cicoria.
"Quando
Vittorio era apenas rei
Se
tomava um bom café
Quando
virou Imperador
Do
café ficou apenas o cheiro
Virou
rei da Albânia
E
até o cheiro do café se foi
E,
se tivermos mais uma vitória
Vamos
perder até nossa chicória”
A
gota d’água em seu reinado foi o bombardeio de Roma pelos aliados, no dia 19 de
Julho de 1943. No dia 25 do mesmo mês, o rei destituiu e prendeu Mussolini, assinou um armistício com os aliados em Setembro, e fugiu para
o sul, em Abril de 1944, mais perto das forças aliadas, evitando ser preso
pelos alemães, e passando os poderes para seu filho, o príncipe Umberto.
Finda
a guerra, renunciou ao trono, no dia 9 de Maio de 1946.
Em
seguida um referendum optou pela república, encerrando a monarquia na Itália.
Referências:
1."Biography
for King Victor Emmanuel III". IMDb.com. Retrieved 2013-09-16.
2.Nomads in the Shadows of Empires: Contests,
Conflicts and Legacies on the Southern Ethiopian-Northern Kenyan Frontier. p.
160.
3.Montanelli, Mario Cervi, Storia d'italia.
L'Italia della guerra civile, RCS, 2003.
4.Albania
in Occupation and War: From Fascism to Communism 1940–1945, 2006, p.153, ISBN
1-84511-104-4
5.
The Little King TIME Magazine, 5 January 1948
6.
"Great Collections - King Victor Emmanuel III of Italy" (PDF).
Muenzgeschicte.ch. Retrieved 2013-09-16.
7.Mack
Smith, Denis (1989). Italy and its Monarchy. Yale University Press. ISBN
0-300-05132-8.
8.James
Rennell Rodd [British Ambassador to Italy before and during the Great War].
Social and Diplomatic Memories. Third Series. 1902-1919. London, 1925.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
COMENTÁRIOS SOBRE O ARTIGO ZEPELIM
Aluízio,
As empresas privadas BP e Volks foram multadas nos States em quanto e por que?
Será que não seria conveniente você incluir uma reflexão dos fatos que envolvem o exercício da falta de ética das empresas citadas no bojo do seu texto?
Bartolomeu de Albuquerque Franco(Engenheiro de Minas)
------------------------------------------------------------------------------------------- |
18:15 (Há 1 hora)
| ||
Caro Aluizio:
Tirante a possibilidade de sabotagem, na realidade, os americanos contribuiram indiretamente para o acidente do Hindenburg em 1937.
À época, os Estados Unidos tinham o monopólio mundial na produção de gás hélio que era incombustível e seria ideal para os zepelins, mas recusavam o fornecimento para a Alemanha nazista que era obrigada a utilizar hidrogênio altamente inflamável em contato com o oxigênio.
Quanto à sua colocação sobre os males da estatização, está perfeita.
Abraço,
Cláudio Holanda(Geólogo)
ZEPELIM
ZEPELIM,
OUTRA ESTATIZAÇÃO MAL SUCEDIDA
Por
Aluizio Gomes
O
dirigível zepelim foi criado pelo alemão Ferdinand Adolf Heinrich August graf
von Zeppelin nos anos 90 do século XIX, e fez seu primeiro voo no dia 2 de
Julho de 1900.
Foi
primeiramente usado como uma aeronave comercial, mas com a eclosão da I Guerra
Mundial, foi usado como bombardeiro.
Finda
a guerra, a Alemanha, pelo tratado de Versalhes, ficou proibida de construir
grandes aeronaves. Como exceção, foi construído um zepelim para os americanos.
Em 1926 as sanções foram levantadas, e na década de 30 ocorreu o apogeu do
zepelim, que começou a fazer viagens transatlânticas para o Brasil e os
Estados Unidos. Em 1937 um zepelim incendiou nos Estados Unidos, encerrando em definitivo os voos.
Vale
lembrar que o conde Zeppelin havia falecido em 1917, tendo sido substituído por
Hugo Eckener. Com a ascensão de Adolf Hitler ao poder, em 1933, começaram as
intrigas políticas, devido ao fato de Eckener se recusar a colaborar com os
nazistas. Terminou Hitler estatizando a empresa, escanteando Eckener, que foi
substituído por simpatizantes do novo regime.
Com
o aparelhamento da empresa, normas de segurança foram desprezadas,
enfatizando-se mais o desempenho, como forma de mostrar ao mundo o poder tecnológico
germânico.
No
tempo de Eckener, segurança era a prioridade, agora a prioridade era ideologia
e propaganda.
Qualquer
semelhança com o que acontece hoje no Brasil, com a Petrobrás, não é mera
coincidência, é o que sempre acontece com estatais a serviço de interesses
políticos e ideológicos. No tempo de Eckener nunca houve nenhum acidente,
nenhum passageiro tinha sido ferido.
Depois
da I Grande Guerra, os aviões a hélice foram continuamente aperfeiçoados, melhorando
tanto desempenho como raio de alcance, o que causou a obsolescência da cria do
conde Zeppelin.
Referências:
Eckener, Hugo: Count Zeppelin. The Man and his Work. London: Massie Publishing Company, Ltd. 1938.
Eckener, Hugo: My Zeppelins. London: Putnam 1958.
ESTE ARTIGO FOI PUBLICADO NO JORNAL DO COMMERCIO DE 07/10/2015
Referências:
Eckener, Hugo: Count Zeppelin. The Man and his Work. London: Massie Publishing Company, Ltd. 1938.
Eckener, Hugo: My Zeppelins. London: Putnam 1958.
ESTE ARTIGO FOI PUBLICADO NO JORNAL DO COMMERCIO DE 07/10/2015
sábado, 23 de maio de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
PETROBRÁS
EM
DEFESA DA PETROBRÁS
Por
Aluizio Gomes
“O
petróleo é nosso”, eterno clichê. Assim como o ouro, o ferro, o diamante, tudo
dentro de nossas fronteiras. O que muda é a forma de concessão, estatal,
privada, nacional, multinacional, por aí.
Independente
do regime de concessão, sempre há, sem dúvida, o controle governamental, pois a
concessão só é dada a empresas de mineração, com CNPJ, e tudo mais. Apenas nos
garimpos não há o controle do governo, o garimpeiro é como um vendedor ambulante,
não paga imposto, não presta conta da produção, é tudo informal.
Acho
errado, assim, dizer que, se uma empresa estrangeira explorar uma concessão
petrolífera, estaremos “entregando” nosso petróleo. A frase é verdadeira, porém
capciosa, no sentido em que se dá, ao politizar o tema.
Politizando
uma coisa tão importante, deu no que deu. Aparelhamento do estado, corrupção,
negligência nos orçamentos, etc.
Tem
que haver competição. Para se construir uma refinaria, explorar um campo petrolífero,
construir oleodutos, gasodutos, terminais, etc.
Tudo
bem que a Petrobrás continue estatal, mas que haja outras empresas competindo,
havendo licitação, ganha quem apresentar menor preço. Quando havia apenas uma
empresa de telefonia no Brasil a Telebrás colocava o preço que queria em seus
produtos e serviços, não havia competição.
Se
a Petrobrás é tão boa assim, não deveria temer a competição, ficando debaixo do
guarda chuva do “petróleo é nosso”.
Recife,
21 de Abril de 2015.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
NACIONALISMO NÃO COMBINA COM PETRÓLEO
COMO
O NACIONALISMO MÍOPE TEM PREJUDICADO SEMPRE O BRASIL
Entrevista
de Delfim Netto à Folha de São Paulo.
Publicada
em 05/4/ 2014, durante a série “50 anos do Golpe de 1964”.
A
resistência do ex-presidente Ernesto Geisel em abrir a exploração do petróleo à
iniciativa privada, quando comandou a Petrobrás, no governo Médici, levou a
economia brasileira à falência no fim da década de 70.
A
afirmação é do economista Delfim Netto, ex ministro de diversas pastas da área
econômica durante o regime militar. “Quem quebrou o Brasil foi o Geisel”, diz
Delfim.
Dependendo
da importação da commodity, o Brasil foi prejudicado com as fortes altas de
preços durante o choque ocorrido em 1973 e 1979.
Continua
Delfim:
“Em
1972, eu estava em Roma numa reunião do FMI. E o Giscard D’Estaing, que era o ministro de finanças da França, tinha ficado
muito amigo do Brasil. E ele me disse: olha, Delfim os árabes estão preparando
um cartel. Eles vão elevar o preço do petróleo a 6 dólares. Nós pagávamos, na época
1,2 dólares, por barril.
Quando
voltei para o Brasil, comuniquei isto ao presidente, e ele convocou uma
reunião. Nossa proposta, minha e do então ministro das Minas e Energia, Antônio
Dias Leite era: vamos abrir a exploração de petróleo. Vamos fazer contratos de
exploração de petróleo com empresas privadas, que era para acelerar a produção.
O
Geisel se opôs dramaticamente. Quem quebrou o Brasil foi o Geisel. Ele era o
presidente da Petrobrás. A Petrobrás passou 20 anos produzindo apenas 120 mil
barris por dia. Quando houve a crise do petróleo, as reservas monetárias eram
iguais a um ano de exportação, não havia dívida. A dívida foi feita no governo
Geisel.
O
Geisel, na verdade, era o dono da verdade. Sempre tinha a verdade pronta.”
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
O NOVO MINISTÉRIO
ALHOS
E BUGALHOS
Por
Luiz Guimarães
Dilma,
a competenta, elaborou com rara habilidade seu projeto de reconciliação
nacional. Juntou na mesma área Patrus Ananias, para quem Stalin provavelmente
não passava de um reformista burguês, com Kátia Abreu, para quem Gengis Khan ou
era comunista ou no mínimo complacente com os comunistas. Juntou políticos
desconhecidos, como George Hilton, com políticos fartamente conhecidos, como
Eliseu Padilha, que vem com o selo de qualidade do Governo Fernando Henrique.
Juntou
candidatos derrotados com políticos que vencem até (e principalmente) quando o
país perde. A cereja do bolo, talvez como símbolo do prometido combate à
corrupção, é Helder Barbalho, derrotado nas urnas, filho querido de Jader (cuja
carreira política envolveu renúncia, para escapar à cassação, e um período de
prisão), um dos herdeiros daquele famoso ranário em que sobravam investimentos
com dinheiro público e faltavam rãs.
E,
no esforço de conciliação, Valdemar Costa Neto, então hóspede da Penitenciária
da Papuda, foi quem negociou com o Governo a nomeação do ministro dos
Transportes. É bonito, ainda mais no 1º de Janeiro, Dia da Confraternização
Universal, em que todos tomaram posse, ver que Dilma faz conviver herbívoros e
carnívoros.
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