quinta-feira, 27 de março de 2014

MARACUTAIA DA GROSSA

O DINHEIRO DA REFINARIA DE PASADENA NAS CAMPANHAS ELEITORAIS DE LULA E DILMA

A foto do cidadão está bloqueada ,não vai de jeito nenhum !!!!


Este senhor aí da foto é Albert Frère, um mega empresário belga. O homem mais rico daquele país. Ele era o dono da refinaria Pasadena, por meio da Astra Transcor Energy, que foi comprada por U$ 42 milhões como sucata e vendida por U$ 1,12 bilhão para a Petrobras. Ele comprou esta refinaria em 2005 e vendeu 50% para a Petrobras em 2006, já por mais de U$ 300 milhões. Este senhor possui 8% das ações da GDF Suez Global LNG, ocupando a cadeira de vice-presidente mundial nesta mega organização, maior produtora privada de energia do planeta. A GDF Suez possui negócios com a Petrobras no Recôncavo Baiano, mas seu principal negócio no Brasil é a Tractebel Energia, dona de um faturamento de quase R$ 6 bilhões anuais. É dona de Estreito , Jirau, Machadinho, Itá e dezenas de hidrelétricas, termelétricas, eólicas. A Tractebel, que é da GDF Suez, que tem como um dos principais acionistas o senhor Albert Frère, que é um dos donos da Astra Transcor Energy, que passou a perna no Brasil em U$ 1,12 bilhão, foi uma grande doadora da campanha de reeleição de Lula, em 2006. A doação de R$ 300 mil chegou a ser contestada na sua legalidade. Também foi uma das patrocinadores do filme Lula, Filho do Brasil. Já em 2010, para a eleição de Dilma, a Tractebel doou quase R$ 900 mil. O dinheiro que ajudou a reeleger Lula e eleger Dilma veio, assim, mesmo que indiretamente, da Petrobras. Daquela bolada que ela pagou, inexplicavelmente, pela Refinaria Pasadena. Como é pequeno este mundo da corrupção. (CoroneLeaks)

sábado, 22 de março de 2014

LUDENDORFF

LUDENDORFF, O HOMEM QUE AJUDOU A DESTRUIR A VELHA EUROPA

1.   PREÂMBULO
Nas primeiras décadas do século XX, a Europa passou por incríveis transformações, ela que vinha de uma longa era de estabilidade, paz e progresso material: a belle époque, a era vitoriana, conquistas como eletricidade, rádio, telefone, telégrafo, ferrovias, etc.,  haviam expandido a economia, além de progressos na química e na medicina. Por último veio o automóvel, o avião, e mais progresso na economia, com a entrada no mercado de insumos como borracha e petróleo. O resultado foi a enorme acumulação de capitais no sistema financeiro, conglomerados econômicos, com novas formas de administração, como os trustes. A produção em série, com a linha de montagem, mais uma vez aumentou a capacidade de produção da indústria. Tudo isto fortaleceu enormemente a burguesia, é a era dos Rockfellers, Rothschilds, Morgans, etc, também chamados de robber barons,a era do capitalismo selvagem. Como a toda ação corresponde  uma reação, esta, no caso, foi a ascensão do comunismo, calcado na enorme massa operária que ralava nas fábricas, para enriquecer os burgueses. Entre o rochedo e o mar ficou a aristocracia, fadada a desaparecer. Este componente social, que vinha desde a Idade Média, tinha sofrido duro golpe na Revolução Francesa, porém, com a derrota de Napoleão, veio a reação austríaca- prussiana, liderada por Metternich, o que deu mais um século de sobrevida às monarquias decadentes.
Porém, tudo ruiu com a Primeira Guerra Mundial. Caíram poderosas monarquias, alemã, austríaca, russa, além de ser extinto o também poderoso império medieval Turco Otomano. Os Bálcãs, países bálticos, e países do leste europeu foram totalmente remodelados, enquanto França e Inglaterra, como lobos famintos, se apoderavam dos espólios turcos, terras riquíssimas em petróleo. É a era das 7 Irmãs: Standard Oil, Royal Dutch & Shell, British Petroleum, Texaco, Mobil Oil, etc. Estas empresas provocavam revoluções, tiravam e colocavam governantes, por métodos sempre obscuros.
2. ERICH LUDENDORFF
Ao eclodir a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha planejou invadir a França através da Bélgica, seguindo o famoso Plano Schlieffen. A ala direita da força alemã precisava girar como um compasso, em torno de um pivô, que seria a ala esquerda, destinada a ficar estática, ao sul da França. Porém, no caminho da ala direita ficava Liège, uma praça fortificada. Após tremendo bombardeio, Ludendorff ficou perdido na confusão, separando-se de seus compatriotas. Pensando que a praça houvesse sido conquistada, foi para lá de táxi, e ao chegar, bateu na porta com o punho da espada.Esta  foi aberta por soldados belgas, e a surpresa foi dos dois lados. Pensando que o general estava com seu exército, os belgas se renderam. A repercussão deste fato foi enorme, dando uma fama duradoura ao general, que ganhou do Kaiser a cobiçada medalha Pour le Mérite.
Mas, não ficou só nisso. Depois veio Tannenberg, façanha de maior repercussão e de consequências históricas tremendas, pois foi o princípio do fim da monarquia russa. A Alemanha planejava derrotar a França em poucas semanas, para depois cuidar da Rússia. Esta estratégia saiu errada, pois os franceses, desesperadamente, apelaram aos russos para entrarem mais cedo na guerra. A Rússia, sem prever as consequências disto, atacou, sem estar devidamente preparada. Os germânicos então transferiram unidades do Oeste para o Leste, tiraram Hindenburg de volta de sua reforma, e fizeram a famosa dupla Hindenburg-Ludendorff. É verdade que o plano de batalha de Tannenberg já estava feito pelo coronel Max Hoffman, porém todos os louros foram para os dois de maior patente. Tanto que, depois, Hoffman afirmou: "Depois de Tannenberg, deixei de acreditar em Aníbal e César". Após Tannenberg, Ludendorff consolidou sua fama, a Rússia foi humilhada e derrotada também ao sul, nos Cárpatos, e Ludendorff ainda deu um presente de grego a eles, tirando Lênin do exílio na Suíça, e mandando-o de volta a seu país. A revolução fermentou, e em 1917 caiu a monarquia russa. Em 1918 caíram as monarquias alemã e a austro-húngara, o mesmo acontecendo na Bulgária.
Ludendorff, excelente tático e péssimo estrategista, garantiu aos políticos alemães que ainda poderia ganhar a guerra, e em 1918 fez um desesperado ataque à França, já com a Rússia fora da guerra. Sua estratégia falhou miseravelmente, e os alemães tiveram que fazer uma paz humilhante, no Tratado de Versalhes. A Alemanha saiu falida, sofreu uma inflação pavorosa, e como desgraça pouca é besteira, Ludendorff ainda foi dar ouvido a um austríaco pobre  e obscuro, porém dono de uma retórica muito forte, chamado Adolf Hitler. O resto da história vocês já sabem.
31/07/2011

OBRA CONSULTADA:
"LUDENDORFF- Soldado, Ditador, Revolucionário"-D.J. Goodspeed-Biblioteca do Exército Ed. e Editora Saga- (1968)

Transcrevemos abaixo, as duas últimas páginas da obra acima, valendo como o julgamento da História:
"A 20 de Dezembro de 1937, a tempestuosa odisseia de Ludendorff chegou ao fim, no Hospital Josephiniun, na Schönfeldstrasse em Munique. Morreu aos 72 anos, em consequência de um mal de bexiga, recebendo a carinhosa assistência, até o final, das freiras daquela igreja que ele injustamente atacara nos últimos 15 anos de sua vida. Dois dias depois, Hitler acompanhou o esquife pelas ruas de Munique até o Feldherrnhalle, onde o Marechal-de-Campo Von Blomberg, Ministro da Guerra nazi, pronunciou o discurso fúnebre. O corpo de Ludendorff permaneceu embalsamado na Feldherrnhalle, com uma grande bandeira suástica estendida sobre o caixão e sob a guarda de 4 soldados nazis. No seu testamento, Ludendorff estabelecera expressamente que não desejava ser sepultado no Cemitério dos Inválidos em Berlim, nem na cripta do Monumento Comemorativo de Tannenberg, mas em Tutzing. Hitler não desprezou o desejo do morto, embora relutasse em deixar os restos de Ludendorff exclusivamente a  cargo de Mathilde, quando poderia servir a objetivos partidários em um panteão nazi.
A Primeira Guerra Mundial, ocorrendo, como ocorreu, quando a Europa vinha de uma longa idade ouro, constituiu um dos mais trágicos episódios da história moderna. E o domínio que Ludendorff exerceu sobre a política alemã desde agosto de 1916 até Outubro de 1918 teve papel decisivo na tragédia, aprofundando-a sensivelmente. Ele possuía notável talento militar.
As doutrinas defensivas e ofensivas desenvolvidas sob sua direção revestiram-se de um brilho tático não demonstrado em qualquer outra parte na mesma guerra e raramente igualado em qualquer outra guerra. Enquanto contou com Hofmann ao seu lado, revelou também brilho estratégico de primeira grandeza. Sua habilidade administrativa foi ainda mais pronunciada e ele deve ser classificado como um dos máximos organizadores militares de todos os tempos.
Contudo, sua direção levou os negócios da Alemanha a um tremendo desastre. Faltavam-lhe, por completo, treino e talento para lidar com problemas políticos, mas, com a autossuficiência que lhe era peculiar, impunha usa vontade ao Kaiser, ao governo civil e à nação alemã. Inteiramente incapaz de trabalhar com homens moderados em um mesmo nível, ditava suas normas políticas de curto alcance e por elas lutava com uma obstinação criminosa. Sua rudeza para com a Rússia, sua ingênua crença na miragem da força militar polonesa, seu tolo desdém quanto ao poderio americano e sua recusa a toda possibilidade de uma paz de compromisso, levaram a Europa à ruína. Os três grandes impérios desmoronaram e, por mais que se lhes pudessem apontar os defeitos, boas razões havia para lamentar-se a queda. Em certos sentidos, Ludendorff bem se ajustava ao terrível mundo novo que contribuíra para criar, porque, pelo seu temperamento, preferia métodos cruéis e radicais e a prova disso está no fato de haver encontrado o seu lar espiritual no partido Nazi.
Se bem que a Primeira Guerra Mundial tivesse sido um erro grave de cortar o coração, com um pouco mais de boa vontade e um pouco menos de orgulho em ambos os lados muita coisa muita coisa teria sido evitada: o prolongamento da luta, a ascensão de Hitler e o caráter de inevitabilidade do segundo conflito mundial. Neste ponto coube a Ludendorff uma grande parcela de responsabilidade. Hitler bem poderia ter chegado ao poder sem o apoio de Ludendorff, embora esse apoio lhe tivesse sido de incalculável vantagem nos primeiros tempos, mas Hitler jamais teria chegado ao poder se a Alemanha não estivesse tão abalada pela guerra que Ludendorff estendera por tanto tempo.
A vida de todos os homens é uma luta entre o bem e o mal, que continuamente se digladiam. O bem predominou no começo e no meio da vida de Ludendorff: coragem pessoal, inteligência, determinação e um alto e desprendido senso de dever. Nenhuma dessas, entretanto, era uma virtude verdadeiramente heroica e nada menos que heroicas virtudes poderiam responder ao desafio do comando supremo. Em Ludendorff, cedo as trevas sobrepujaram as luzes do espírito. Com o decorrer do tempo, o orgulho afugentou o desprendimento, a inteligência se obumbrou e feneceu e até a coragem pessoal foi substituída por uma barba postiça e um par de óculos azuis.