sábado, 30 de junho de 2012

BISMARCK


BISMARCK, PIONEIRO SOCIALISTA

PREÂMBULO
Bismarck ficou na História como um militarista, reacionário e aristocrata.Provocou guerras com a Dinamarca, Áustria e França, uniu a Alemanha em 1870, deixando a Europa em pé de guerra para a explosão de 1914.Os livros de história, estranhamente, omitem o lado social de Bismarck, o qual, na realidade, foi um pioneiro na legislação de proteção social para o operário.É verdade que tudo foi feito para evitar a agitação comunista, mas seu mérito foi ter sido previdente, não descambando para o absolutismo e a cegueira, como aconteceu na Rússia dos Romanovs.
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FONTE: WIKIPÉDIA
„[...] a atual queixa do operário é sua insegurança social;ele está inseguro em relação a sua permanência no emprego, a sua saúde, e quanto a sua renda, quando envelhecer.Se ele ficar desempregado, estará totalmente sem apoio de ninguém, já que a sociedade não aceita nehuma responsabilidade perante ele, além das habituais provisões à pobreza, mesmo que ele tenha trabalhado com eficiência toda uma vida.As atuais provisões para os pobres deixam muito a desejar[...].“
Otto von Bismarck
"Dai a César o que é de César, dai a Deus o que é de Deus".
Jesus Cristo
A década de 1880 foi um período quando a Alemanha começou seu longo período para o welfare state.Os partidos Social Democrata, Liberal Nacional e Partido de Centro estiveram todos envolvidos nas primícias da legislação social, contudo foi Bismarck quem estabeleceu os principais aspectos técnicos deste programa.O programa dos sociais democratas incluia todos os programas que Bismarck implementou, além de acrescentar programas adicionais para prevenir aqueles preconizados por Karl Marx e Friedrich Engels.A idéia de Bismarck era matreira, fazer programas sociais aceitáveis pelo governo, sem o apelo comunista de Marx, evitando assim a sublevação do povo.
Bismarck abriu o debate sobre a matéria no dia 17 de  Novembro de 1881 na Mensagem Imperial ao  Reichstag, usando o termo Cristianismo para classificar seu programa.Mais tardeu usou o termo Staatssozialismus, ao fazer a profecia abaixo a um colega:
"É possível que toda nossa política esteja derrotada quando eu morrer, contudo o socialismo alcançará o poder."
O programa de Bismarck centrava basicamente em provisões de seguridade social, elaboradas para aumentar a produtividade, e transferir apoio popular dos socialistas para a elite aristocrata, os Junkers.O programa incluia Seguro de Saúde, Seguro de Acidente e Invalidez, e uma pensão de aposentadoria por idade., todos, naquela época, inéditos.
Com base na mensagem de Bismarck, o Reichstag levou adiante três leis para implementar o seguro de acidente e uma lei para o seguro de saúde.Já os projetos de aposentadoria e seguro por invalidez foram engavetados.
A primeira lei a ser aprovada foi o Seguro de Saúde, em 1883.Segundo o próprio Bismarck, era o menos importante de todos, mas também o mais palatável politicamente.O custo do seguro  seria dividido entre empregador (1/3) e empregado (2/3).Para o Seguro de Acidente foram apresentados ao Reichstag três projetos de lei, e um foi aprovado em 1884.A proposta inicial de Bismarck era que o governo federal arcasse com uma parcela da contribuição, como demonstração da boa vontade do governo em aliviar a penúria do operário, e assim afastá-lo do apelo dos partidos de esquerda, especialmente os sociais democratas.Os liberais consideraram este programa como um socialismo estatal, e foram contra desde o início.
Já o Partido de Centro temia uma centralização de poder no governo federal, em detrimento do poder dos estados.Desta forma, a única saída seria aprovar a lei de modo a que todo o custo social caisse nas mãos dos empregadores.Para isto, Bismarck criou uma burocracia, de nome “Der Arbeitgeberverband in den beruflichen Korporationen”, ou, Sindicato de Empregadores em Ocupações Corporativas.Esta nova entidade estabeleceu escritórios em nível federal e estadual, para adminstrar o programa.Foi previsto tratamento médico para o trabalhador e um benefício equivalente a 2/3 do seu salário.Em 1886 o programa foi estendido aos agricultores.

O benefício para idosos, financiado por uma dedução na folha de pagamento dos trabalhadores foi aprovado em 1889, com a idéia de pagar aposentadoria ao trabalhador que atingisse a idade de 70 anos.Deve-se salientar que, naquela época, a espectativa de vida do trabalhador alemão era de apenas 45 anos.Diferente dos programas sociais anteriores, este benefício já vinha com cobertura universal, abrangendo operários, agricultores, artesãos e funcionários públicos.Também o Reichstag aprovou, sem maiores discussões a participação federal na contribuição financeira para custear o programa.

 







segunda-feira, 25 de junho de 2012

OMELETE


O CUSTO BENEFÍCIO DAS REVOLUÇÕES

Os marxistas sempre apregoaram que não se pode fazer um omelete sem quebrar os ovos.Quase perfeito.
Mas, nunca ninguém parou para analisar o custo benefício da empreitada.Pode-se fazer um “omelete” desses num custo tão alto para um benefício tão mixuruca, que no final das contas, não valeu a pena.
Os omeletes marxistas têm todos esta característica. Os custos são elevados, os benefícios, para o povo são inexistentes, mas há um benefício embutido aí, oculto, que tornam esses omeletes os queridinhos dos intelectuais e jornalistas de esquerda: o benefício próprio, de suas posições no olimpo político.
Só assim pode-se entender toda essa propaganda de esquerda sobre os benefícios do marxismo, quando os defeitos são ocultos e a pequenas vantagens apregoadas aos 4 ventos.

Aluizio Emanuel Pereira Gomes

sexta-feira, 22 de junho de 2012

DOM SEBASTIÃO VOLTOU


DOM SEBASTIÃO VOLTOU



Luiz Inácio Lula da Silva tem como princípio não ter princípio, tanto moral, ético ou político. O importante, para ele, é obter algum tipo de vantagem. Construiu a sua carreira sindical e política dessa forma. E, pior, deu certo. Claro que isso só foi possível porque o Brasil não teve - e não tem - uma cultura política democrática. Somente quem não conhece a carreira do ex-presidente pode ter ficado surpreso com suas últimas ações. Ele é, ao longo dos últimos 40 anos, useiro e vezeiro destas formas, vamos dizer, pouco republicanas de fazer política.

Quando apareceu para a vida sindical, em 1975, ao assumir a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, desprezou todo o passado de lutas operárias do ABC. Nos discursos e nas entrevistas, reforçou a falácia de que tudo tinha começado com ele. Antes dele, nada havia. E, se algo existiu, não teve importância. Ignorou (e humilhou) a memória dos operários que corajosamente enfrentaram - só para ficar na Primeira República - os patrões e a violência arbitrária do Estado em 1905, 1906, 1917 e 1919, entre tantas greves, e que tiveram muitos dos seus líderes deportados do País.

No campo propriamente da política, a eleição, em 1947, de Armando Mazzo, comunista, prefeito de Santo André, foi irrelevante. Isso porque teria sido Lula o primeiro dirigente autêntico dos trabalhadores e o seu partido também seria o que genuinamente representava os trabalhadores, sem nenhum predecessor. Transformou a si próprio - com o precioso auxílio de intelectuais que reforçaram a construção e divulgação das bazófias - em elemento divisor da História do Brasil. A nossa história passaria a ser datada tendo como ponto inicial sua posse no sindicato. 1975 seria o ano 1.

Durante décadas isso foi propagado nas universidades, nos debates políticos, na imprensa, e a repetição acabou dando graus de verossimilhança às falácias. Tudo nele era perfeito. Lula via o que nós não víamos, pensava muito à frente do que qualquer cidadão e tinha a solução para os problemas nacionais - graças não à reflexão, ao estudo exaustivo e ao exercício de cargos administrativos, mas à sua história de vida.

Num país marcado pelo sebastianismo, sempre à espera de um salvador, Lula foi a sua mais perfeita criação. Um dos seus "apóstolos", Frei Betto, chegou a escrever, em 2002, uma pequena biografia de Lula. No prólogo, fez uma homenagem à mãe do futuro presidente. Concluiu dizendo que - vejam a semelhança com a Ave Maria - "o Brasil merece este fruto de seu ventre: Luiz Inácio Lula da Silva". Era um bendito fruto, era o Messias! E ele adorou desempenhar durante décadas esse papel.

Como um sebastianista, sempre desprezou a política. Se ele era o salvador, para que política? Seus áulicos - quase todos egressos de pequenos e politicamente inexpressivos grupos de esquerda -, diversamente dele, eram politizados e aproveitaram a carona histórica para chegar ao poder, pois quem detinha os votos populares era Lula. Tiveram de cortejá-lo, adulá-lo, elogiar suas falas desconexas, suas alianças e escolhas políticas. Os mais altivos, para o padrão dos seus seguidores, no máximo ruminaram baixinho suas críticas. E a vida foi seguindo.

Ele cresceu de importância não pelas suas qualidades. Não, absolutamente não. Mas pela decadência da política e do debate. Se aplica a ele o que Euclides da Cunha escreveu sobre Floriano Peixoto: "Subiu, sem se elevar - porque se lhe operara em torno uma depressão profunda. Destacou-se à frente de um país sem avançar - porque era o Brasil quem recuava, abandonando o traçado superior das suas tradições...".

Levou para o seu governo os mesmos - e eficazes - instrumentos de propaganda usados durante um quarto de século. Assim como no sindicalismo e na política partidária, também o seu governo seria o marco inicial de um novo momento da nossa história. E, por incrível que possa parecer, deu certo. Claro que desta vez contando com a preciosa ajuda da oposição, que, medrosa, sem ideias e sem disposição de luta, deixou o campo aberto para o fanfarrão.

Sabedor do seu poder, desqualificou todo o passado recente, considerado pelo salvador, claro, como impuro. Pouco ou nada fez de original. Retrabalhou o passado, negando-o somente no discurso.

Sonhou em permanecer no poder. Namorou o terceiro mandato. Mas o custo político seria alto e ele nunca foi de enfrentar uma disputa acirrada. Buscou um caminho mais fácil. Um terceiro mandato oculto, típica criação macunaímica. Dessa forma teria as mãos livres e longe, muito longe, da odiosa - para ele - rotina administrativa, que estaria atribuída a sua disciplinada discípula. É um tipo de presidência dual, um "milagre" do salvador. Assim, ele poderia dispor de todo o seu tempo para fazer política do seu jeito, sempre usando a primeira pessoa do singular, como manda a tradição sebastianista.

Coagir ministros da Suprema Corte, atacar de forma vil seus adversários, desprezar a legislação eleitoral, tudo isso, como seria dito num botequim de São Bernardo, é "troco de pinga".

Ele continua achando que tudo pode. E vai seguir avançando e pisando na Constituição - que ele e seus companheiros do PT, é bom lembrar, votaram contra. E o delírio sebastianista segue crescendo, alimentado pelos salamaleques do grande capital (de olho sempre nos generosos empréstimos do BNDES), pelos títulos de doutor honoris causa (?) e, agora, até por um museu a ser construído na cracolândia paulistana louvando seus feitos.

E Ele (logo teremos de nos referir a Lula dessa forma) já disse que não admite que a oposição chegue ao poder em 2014. Falou que não vai deixar. Como se o Brasil fosse um brinquedo nas suas mãos. Mas não será? MARCO ANTONIO VILLA, HISTORIADOR, É PROFESSOR DA , UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)



quinta-feira, 21 de junho de 2012

NOVAS REVELAÇÕES.....


NOVAS REVELAÇÕES SOBRE A ORIGEM, DIFERENCIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO PLANETA TERRA

POR ALUIZIO GOMES

1.PREÂMBULO

Novos e mais precisos estudos laboratoriais em amostras de meteoritos e rochas da Lua e Marte, o progresso da astrofísica, bem como o melhor conhecimento da própria Terra, devido ao enorme progresso da geologia de campo, nas últimas décadas,têm lançado luz sobre um tema que aflita os pensadores desde a Antiguidade:De onde viemos e para onde vamos?

Os sábios gregos já distinguiam CAOS de COSMO.Cosmo quer dizer organizar. O Cosmo vem do Caos.Ao se organizar o Caos, dando-lhe forma e regras precisas,leis imutáveis, temos o Cosmo.Para habitar o Cosmo, vem depois a Vida, que independe da matéria.A vida nunca se extingue, enquanto a matéria interage com energia, e vice-versa, mas sempre é um binômio matéria-energia.Os seres vivos, da bactéria ao homem, são apenas habitáculos provisórios da vida, sujeitos à lei de Darwin.A vida em si evolui sob outras leis, desconhecidas ao cientista.

2.GEOCRONOLOGIA

O princípio básico da datação das rochas e minerais é a radioatividade de elementos químicos nelas contidos, não só o urânio, mas muitos outros.Emitindo partículas nucleares, os elementos radioativos vão decaindo na tabela periódica até atingir um elemento estável.O tempo que isto leva para metade da quantidade radioativa chegar à estabilidade chama-se meia vida.Por exemplo,a meia vida do Urânio 238 é 4,5 bilhões de anos.Verificando-se as proporções radioativas e estáveis numa rocha pode-se ter sua idade.O mineral mais antigo até agora é o zircão australiano, com 4,4 bilhões de anos.As amostras lunares e meteoríticas são bem mais antigas, provando que a Terra passou por transformações geológicas posteriores que não ocorreram na Lua e em outros planetas:formação de continentes e mares, cristalização de magmas, e condensação de vapor.

3.ASTROFÍSICA

Telescópios e instrumentos sensores mais apurados já podem observar a formação longínqua de estrêlas.Por outro lado, a análise mineralógica em meteoritos descobriu a existência de pequenas inclusões ricas em cálcio e alumínio, datadas em 4.560 milhões de anos.Estas são as idades mais antigas no sitema Solar.Ora, como há um isótopo do magnésio, o  26Mg, resultante do decaimento  radioativo do alumínio, de peso atômico 26, tendo-se as proporções Mg/Al, chegou-se a apenas um milhão de anos para solidificação da rocha(meteorito).Os astrofísicos admitem hoje que, para formar tais estruturas, teria havido uma explosão de uma supernova vizinha à nuvem de gás e poeira precursora do sistema solar(o caos dos gregos).Esta explosão fundiu toda a matéria, que passou em seguida a esfriar e entrar em colapso gravitacional, devido à onda de choque da explosão, que rompeu a inércia primordial (caos).Rompida esta inércia, o próprio colapso gravitacional foi reagrupando a matéria.Grupos cada vez maiores iam atraindo grupos menores e crescendo sem parar.

O arranjo material foi reproduzido em laboratório, teoricamente e matematicamente, mostrando que o colapso se arranja num objeto maior e central. , o proto-Sol, anelado por um disco equatorial ainda indiferenciado, chamado nebulosa solar.Novos processos gravitacionais vão, aos poucos formando novos globos, a partir da nebulosa, os planetesimais.Calcula-se que o crescimento de um planetesimal para planeta dure cerca de 100 milhões de anos.

4.FORMAÇÃO DA TERRA E EVOLUÇÃO DA VIDA

4.1 LITOSFERA

Formado o planetesimal da Terra, seu embrião, continou, sob ação gravitacional, a separação de elementos mais pesados, migrando para o centro, e elementos mais leves, tendendo à flutuação.Se jogamos pedaços de cortiça e ferro num copo d'água, a cortiça flutua e o ferro afunda.No caso da Terra, o ferro arrastou consigo elementos afins, chamados quimicamente de siderófilos:cobalto, níquel,ouro,platina, irídio, cósmio, paládio,etc., tudo migrando para o centro, formando o núcleo da Terra.A parte mais leve, constituida por hidrogênio, silício, carbono, cálcio, oxigênio formou uma camada externa, hoje conhecida como manto, e suas associações foram formando os minerais hoje conhecidos;quartzo, olivina, feldspato, anfibólios, piroxênio,etc, além da água, que não deixa de ser um mineral também.

4.2 LUA E ATMOSFERA TERRESTRE

Admite-se que, 60 milhões de anos após o colapso gravitacional da nebulosa, um enorme meteorito chocou-se com a Terra, evaporando o manto, e soldando os dois núcleos num só.A parte superior da névoa aquecida ficou em órbita, escapando à atração gravitacional, girando em torno da Terra.Seu reagrupamento formou a Lua.

A formação da atmosfera primordial deu-se pelo escapamento de gases contidos no manto, fenômeno que ainda hoje ocorre nos vulcões.Estudando-se a composição do manto e a concentração gasosa nele contida,a atmosfera primeva deveria ser composta por água(vapor), gás carbônico, nitrogênio, amoníaco e metano, um ambiente totalmente impróprio à vida, não devido apenas à elevada temperatura, como também pela ausência de oxigênio.

4.3 O PARADOXO DO SOL FRACO

Modelos para a evolução do Sol levam a indicar que,  até 2.500 milhões de anos atrás,uma era conhecida pelos geólogos como Arqeano, sua luminosidade era apenas 75 a 80% da atual, e assim a Terra deveria ser, na superfície, mais fria do que hoje.Contudo, os registros glaciais arqueanos são poucos.O paradoxo está na elevada concentração de gás carbônico na atmosfera, provocando um efeito estufa.

4.4 ORIGEM DA HIDROSFERA E EVOLUÇÃO DA ATMOSFERA

O manto é composto em grande parte por basalto, e este reagindo com gás carbônico, formou uma nova série de minerais de ambiente mais frio, os carbonatos( calcário e mármore são carbonatos).Esta reação emprobreceu a atmosfera em CO2 e, concomitantemente o esfriamento do planeta levou à condensação do H2O, formando os mares, rios e oceanos.Na África do Sul foram descobertas lavas vulcânicas submarinas (pillow lavas) com idade de 3,5 bilhões de anos, provando que naquela época já existiam os mares.Após o Hadeano, já no Arqueano, começam aparecer enormes depósitos de calcário, onde o cálcio do manto reagiu  intensamente com o carbono da atmosfera, precipitando carbonato de cálcio.Já o sódio e o cloro são voláteis em temperaturas elevadas, tendo asim se destacado do manto e carreados pela água em descenso para os mares, tornando a água salgada.Como explicar a baixa salinidade dos atuais oceanos? A posterior formação de minerais hidratados, como anfibólio, numa reação de magmas com a água salgada, retirou muito sal dos oceanos.

Para o aumento da concentração de oxigênio atmosférico, a única explicação plausível é por fotossíntese.Há grandes evidências que o aumento de teor de oxigênio atmosférico deu-se entre 2,45 e 2,2 bilhões de anos atrás.Depósitos sedimentares de origem orgânica marinha, chamados estromatólitos, com idade de 2,5 bilhões de anos foram achados na Austrália.As jazidas de hematita, como as do quadrilátero ferrífero em Minas Gerais são desta época, as quais só podem ser explicadas por um ambiente pobre em oxigênio(redutor).Vale dizer, existe o oxigênio, porém em baixa concentração.Logo após aparecem rochas que se formaram em ambiente rico em oxigênio, mostrando a radical transformação ambiental.As rochas arqueanas são totalmente diferentes das proterozóicas, mais jovens.A proliferação da vida nos mares e continentes, vida vegetal, bem entendido, foi enriquecendo a atmosfera em oxigênio, e este por sua vez começou a oxidar os minerais, incorporando-se definitivamente ao intemperismo das rochas.Vegetais cada vez maiores e mais abundantes foram aumentando dramaticamente o teor de oxigênio na atmosfera, e por outro lado diminuindo a concentração de CO2.A prova é a formação de rochas ricas em oxigênio, atráves de minerais oxidados (redbeds e sulfatos).O ambiente deixou de ser redutor, passando a oxidante.Num ambiente redutor forma-se sulfeto, como a pirita, e num ambiente oxidante formam-se sulfatos.

Lentamente, acumulando-se oxigênio de origem vegetal marinha na atmosfera, finalmente levou à formação de uma camada externa de ozônio, como existe ainda hoje.A camada de ozônio filtrou os raios solares, permitindo que os vegetais passassem aos continentes, preferindo os enormes pântanos de água doce, como vemos ainda hoje na Flórida e estados vizinhos no sudeste dos Estados Unidos.Os grandes depósitos de carvão registram esta época, conhecida como Carbonífero.Este novo ambiente caracteriza uma fauna e flora primitivas, a era Paleozóica .

4.5 O FIM DO PALEOZÓICO

O primeiro continente, Rodínia, já tinha alguns bilhões de anos de idade quando foi sacudido por um enorme vulcanismo de um tipo diferente, chamado plumas.O persistente esfriamento do planeta ia aumentando a quantidade de rochas, não mais fundidas, porém cristalizadas, aumentando substancialmente a área do continente Rodínia.Por baixo, a atividade radiotativa perdeu suas válvulas de escape naturais, devido à solidificação em superfície.Rodínia obstruia a dissipação do calor.Imagine uma panela de pressão, onde você fecha a vávula de escape.Explode.Assim,enormes massas do magma, mais leves, destacaram-se do manto, e subiram à superfície destruindo tudo.A fauna e a flora paleozóicas são extintas.Isto foi há 250 MA(milhões de anos)A acomodação posterior formou um novo continente, Pangea, onde lentamente surgiu uma nova fauna e uma nova flora, bem diferentes da paleozóica.É a era dos répteis,a era Mesozóica.O vulcanismo plumas é de maior profundidade, pode vir da base do manto inferior, a quase 3.000km de profundidade, ou de seu topo, a 660km profundos.A prova disso são minerais que se formam sob alto grau de metamorfismo, em pressões muito elevadas, existentes nas rochas vulcânicas relacionadas a plumas O diamante, por exemplo, só pode se formar em local muito profundo, pois sua forma cristalográfica, cúbica, é resultante do metamorfismo da grafita, romboédrica.(vide gráfico).Os diamantes brasileiros são resultantes da erosão de antigas rochas vulcânicas, hoje encontrados em rochas detríticas, porém na África do Sul ainda existem rochas vulcânicas diamantíferas, em Kimberley.A rocha, formada em grande profundidade é conhecida como kimberlito.

4.6 O FIM DO MESOZÓICO

Após quase 200 milhões de anos de domínio, os grandes répteis tiveram um final trágico.Um enorme meteorito atingiu nosso planeta, acabando com a fauna mesozóica.Começa uma nova fauna, na escala evolutiva, os mamíferos, e a nova era é chamada Cenozóica.Nos estratos sedimentares, separando o Mesozóico do Cenozóico, há uma estreita camada rica em irídio, elemento raro na Terra, porém abundante nos meteoritos.Para fortificar ainda mais a tese, descobriu-se uma enorme cratera no Golfo do México, compatível com as dimensões de um meteorito gigante.

O estrato rico em irídio foi denominado de LIMITE K/T.Separa o Mesozóico (K) do Cenozóico(T).K signica Cretáceo e T  Terciário.Acima deste estrato não se acham fósseis de dinossauros, provando que eles foram extintos.Todos os restos de dinossauros só são encontrado abaixo de K/T.Acima de K/T encontram-se fósseis de fácies aquática: répteis como crocodilos e tartarugas, anfíbios(sapos),peixes, etc, e até mamíferos, os primeiros mamíferos, ainda aquáticos.Os animais aquáticos, de pântanos, lagos e de água salgada sobreviveram ao cataclisma por causa da proteção da água.A extinção foi terrestre.

BIBLIOGRAFIA;

1.Dana, Edward Salisbury-A Textbook of Mineralogy-4º ed. John Wiley & Sons,Inc.New York

2.Gaines, Matthew.Energia Atômica.Ed. Melhoramentos.Editora da USP.

3.Neves, Sérgio Pacheco, 2008.Dinâmica do Manto e Deformação Continental: Uma Introdução à Geotectônica.2ª ed.Recife.Ed. Universitária da    UFPE.




quinta-feira, 7 de junho de 2012

A OBSOLESCÊNCIA DO MARXISMO




                                                                        A OBSOLESCÊNCIA DO MARXISMO
Por Aluizio Gomes

Façamos uma retrospectiva da História Européia. O Império Romano foi a primeira organização política que unificou o continente europeu, porque impérios mais antigos situavam-se na Ásia, ou na África:persas, caldeus, egípcios, babilônios, etc.Os gregos alcançaram extraordinário desenvolvimento cultural, porém nunca se uniram, de modo que nunca constituíram um império;apenas Alexandre Magno, que era macedônio, uniu os gregos, porém direcionou seus exércitos para o Oriente,helenizando a Ásia.Fragmentos do Império Helênico foram depois absorvidos pelos romanos.
Baseado na escravidão, no trabalho braçal, os romanos eram avessos à mecanização, à industrialização, herança dos gregos, mesmo porque não havia competidores para sua produção, eles eram únicos. No século V de nossa era, o império romano foi retalhado pelos bárbaros, ficando os francos, anglos, saxões, normandos, visigodos e lombardos com fatias geográficas,  germes de futuras nações: França, Inglaterra,Espanha,Itália.A Alemanha foi resultado da divisão do império de Carlos Magno.No século VII apareceu o império árabe, que tirou a Ásia do Império Bizantino, começando as cruzadas, e isolando a Europa do Extremo Oriente.Com a queda de Constantinopla, a Europa foi abalada em todos seus alicerces, ficando à beira da extinção, forçando as grandes navegações portuguesas, a fim de achar um novo caminho para as Índias.
Porém, a queda de Constantinopla trouxe para a Europa os sábios gregos, os quais com seu cabedal, deflagraram o que se convencionou chamar de Renascimento, termo bem apropriado, porque indica que toda aquela energia e conhecimento dos gregos e romanos estava se renovando, renascendo,como a flora renasce na primavera, após o inverno.Durante este vasto período, o Cristianismo cresceu de modo extraordinário, passando de uma religião de periferia, para o centro do poder, em Roma.Porém neste percurso, o Cristianismo sofreu enormes dissensões internas, resultado de diferenças de interpretação do texto dos livros sagrados.
E mais, afastando-se da ascese dos primeiros cristãos, seus seguidores medievais entregaram-se ao luxo e às questões seculares, culminando na Reforma de Lutero.Além da clausura política, forçada pelos árabes e turcos, o europeu sofria uma clausura intelectual, interna, forçada pelos dogmas cristãos,cuja expressão maior era a Inquisição.Pois bem, estas amarras foram finalmente rompidas pelo Renascimento, Reforma e os descobrimentos de novos continentes.Veio Isaac Newton, Galileu, etc, que varreram todos os obsoletos conceitos medievais, congelados, engessados pela citadas clausuras.Na parte da religião, a Reforma muito contribuiu para a Ciência se libertar da Religião.O lucro deixou de ser pecado, para ser uma aspiração legítima.O eixo do desenvolvimento saiu assim da península ibérica para os países mais ao norte:Inglaterra, Holanda, Alemanha, França.A intolerância dos ibéricos provocou a expulsão dos judeus, não só na Espanha, mas também no Brasil.Judeus expulsos do Recife, fundaram Nova Iorque.
O último bastião do atraso foi a monarquia, esta foi difícil de extirpar, tanto que até hoje persiste, embora bastante enfraquecida.O primeiro golpe foi assestado na Inglaterra, a revolução de Cromwell, no século XVII, a qual destituiu e executou o rei Carlos I.No século seguinte veio a revolução maior, na França, a qual tornou a monarquia um poder menor: nascia, ou renascia, a república.Então, Renascimento,Reforma,e República modernizaram a Europa, resultando na Revolução Industrial e Capitalismo.Por todo este vasto período de tempo, feudalismo e monarquia eram como irmãos siameses,faziam parte de um mesmo sistema.O capitalismo é de origem burguesa, portanto antagônico ao feudalismo.Por isso, os burgueses capitalistas se opunham a qualquer sistema que impedisse o trânsito de suas mercadorias: escravidão,feudalismo, monarquia. Se feudalismo e monarquia são irmãos siameses, o mesmo podemos dizer do capitalismo e democracia.
Como as máquinas aumentaram dramaticamente a produção, houve, portanto um inequívoco aumento do poder e da riqueza dos capitalistas, os quais lançaram mão de todos os meios para se apossarem das riquezas naturais das colônias:era preciso de tudo, ferro, carvão, borracha, madeira, petróleo, algodão, e alimentos, para abastecer as fábricas e alimentar a população crescente.Nasceu assim o imperialismo.Sem nenhum parâmetro anterior que pudesse reger as relações trabalhistas, o capitalismo não soube encaixar o operário num regime mais justo,pois os parâmetros anteriores eram a servidão (feudalismo), e escravidão, descambando na exploração cruel do operário.Era o capitalismo selvagem.Os filósofos europeus, após a queda das monarquias absolutas, debruçaram-se sobre o capitalismo, demonizando-o, e propondo uma segunda revolução, desta vez para eliminar o capitalismo, e implantar o socialismo.Desta leva de filósofos, sem dúvida o mais famoso foi Karl Marx.Desta inquietude, no século XIX,  resultou a queda da monarquia da Rússia, em 1917.Enormes forças sociais foram liberadas por esta revolução, tornando a Rússia numa potência e num império, que foi chamado União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.A morte prematura de Lênin, entretanto, foi uma desgraça para o futuro deste império.Stalin, uma figura menor e sinistra, implantou uma ditadura implacável, e procurou exportar sua revolução para outros países,através do Comintern.
SÉCULO XX
O século XX foi completamente dominado pela presença da União Soviética, um gigante exportador de revoluções.A primeira vítima foi a Itália, e logo em seguida a Alemanha, onde se desenvolveram ideologias extremadas anticomunistas, a fim de conter a maré revolucionária, as quais derrubaram os governos democráticos locais.Sendo o marxismo ateu, de saída já colocou a Igreja contra si.Em seguida, caiu a Espanha para a direita, sob domínio de Franco.As democracias restantes, França e Inglaterra, principalmente, ficaram na defensiva, permitindo o enorme crescimento da Alemanha, que surpreendeu o mundo em 1939, com a blitzkrieg.Sendo impossível a convivência de tão díspares ideologias, a coisa só se resolveu com a Segunda Guerra Mundial.Porém, em seqüência, foi também impossível a convivência entre democracia-capitalismo com ditadura-marxismo, resultando na Guerra Fria.Não houve a Terceira Guerra Mundial por causa da impossibilidade de combate com vencedor, já que os dois lados possuíam a bomba atômica. Então, o império soviético só foi destruído de dentro para fora, implodiu em 1989, vítima da obsolescência do marxismo.
Vejamos agora as razões da obsolescência do marxismo. Primeiro, os filósofos jamais foram empresários, jamais foram administradores de empresas. Portanto, sua ideologia é totalmente teórica, laboratorial. Do laboratório à experimentação, vai uma longa distância. No dia-a-dia das fábricas, nas relações de troca, é que são testadas as teorias de laboratório, saindo daí ajustes imprescindíveis. Cair no dogmatismo imutável é um erro, uma armadilha na qual caíram os marxistas. Já o capitalismo, convivendo com sua irmã siamesa, a democracia, mudou e muda constantemente: sindicatos, legislação trabalhista, previdência social, direito de greve, dissídios coletivos, fizeram como que uma cirurgia plástica na face do capitalismo, o qual deixou de ser selvagem, humanizando-se.Portanto, os operários dos regimes capitalistas conquistaram muito mais benefícios que seus semelhantes comunistas.
Outro erro maior, e este fatal, foi a estatização dos meios de produção. Capitalismo e democracia exigem empresas privadas, afim de que concorram entre si, evitando inflação e produtos obsoletos. Na extinta União Soviética, não havia como melhorar a qualidade dos produtos, porque não havia parâmetro comparativo, este produto é melhor e mais barato do aquele. É preciso salientar que, para melhorar e baratear um produto, é necessário um forte investimento em pesquisa nas indústrias. Isto é a mola do desenvolvimento. Sem concorrência, não há progresso. Visto isso, os líderes soviéticos acharam por bem abandonar o marxismo e se dedicarem ao capitalismo, arrastando depois, atrás de si, as repúblicas satélites. A China fez um caminho diferente, abriu economicamente, para sobreviver, porém continuou fechada politicamente, resultando num regime híbrido, meio comunista e meio capitalista.
Assim, cessado o comunismo no Hemisfério Norte,  ele veio se instalar no museu ideológico situado no Hemisfério Sul, a incorrigível América Latina, terra dos dinossauros políticos, como Hugo Chávez, Evo Morales, Frei Betto, y otros muchachos.

terça-feira, 5 de junho de 2012

EDITORIAL


·         Ives Gandra da Silva Martins*

Hoje, tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 185 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele.. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.

Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências - algo que um cidadão comum jamais conseguiria!

Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', porque cumpre a lei.

Desertores, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que é de perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

( *Ives Gandra da Silva Martins é renomado professor emérito das universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo ).

Para os que desconhecem, este é o inciso, IV do art. 3°, da CF, a que se refere o Dr. Ives Gandra:

"promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação."

Assim, volta a ser atual, ou melhor nunca deixou de ser atual, a constatação do grande Rui Barbosa:

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)




eBarbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)

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