terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O OTÁRIO


Existem dois tipos de comunistas:

O Otário e o Não Otário.
O Otário é o fodido, usa a boina e a efígie de Che Guevara e pede cadeia para os torturadores.
O Não Otário é o fodão, locupleta-se nas tetas estatais,e atiça o Otário para intimidar os democratas.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O ESTADO DA PETROBRÁS


De quem é o petróleo?
 
o    Por Sandro Vaia
o    (Publicado no Blog do Noblat)
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Tudo o que a Petrobrás podia fazer de errado, fez. Usada como massa de manobra política nos governos anteriores do PT, paga agora o preço que a presidente Maria das Graças Foster tem que carregar nas costas.A empresa ícone do patriotismo condoreiro, perdeu seis posições no ranking das maiores companhias petrolíferas do mundo. A sua produção caiu 2,6%, seus lucros caíram 36%, seu Ebitda caiu 14% e seu endividamento aumentou de forma a ameaçar o seu rebaixamento no rating das agências de risco.E 2013, como disse com estarrecedora franqueza a presidente Foster, também não promete ser um bom ano, principalmente o primeiro semestre.
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o    Os motivos são muito simples: a empresa, durante os dois governos Lula, não foi administrada como uma empresa, que tem que apostar na eficiência e dar retorno aos seus acionistas, mas como instrumento ideológico.Seus erros mais evidentes:
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o    1) A política de segurar os preços artificialmente para não impactar na inflação.
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o    2) A política de construção de refinarias em sociedade com o governo chavista da Venezuela, que simplesmente não colocou um centavo na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujas obras estão com um atraso de 3 anos.
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o    3) A política de só usar materiais fabricados no Brasil sem levar em conta preço, qualidade e eficiência. E “sem eficiência não há petróleo”, como disse o presidente da norueguesa Statoil, Helge Lunde, numa esclarecedora entrevista à revista Veja desta semana.Ele disse que os fabricantes noruegueses também receberam um “empurrãozinho”do Estado, mas dentro de um marco regulatório rigoroso que impunha prazos e metas bem definidas.
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o    4) A mudança do sistema de concessão para o sistema de partilha na regulamentação da exploração do pré-sal, que obriga a Petrobrás a ser a operadora única e a participar com no mínimo 30% do capital em qualquer área explorada. Isso a força a investir um dinheiro que ela não tem ou a aumentar o seu nível de endividamento, que já é está no limite . O primeiro leilão do pré-sal está marcado para novembro deste ano e não se sabe se até lá o governo manterá as regras em vigor, que tem espantado eventuais empresas interessadas.
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o    Esse panorama cinzento da Petrobrás é fruto da manipulação política das gestões anteriores, e Maria das Graças Foster, no seu discurso de posse, deixou isso bastante claro, ainda que depois tenha sido obrigada a fazer alguns salameleques diplomáticos para livrar a cara de Sérgio Gabrielli, o presidente anterior e atual secretário do governo petista da Bahia.O Brasil espera que em algum momento o petróleo volte a ser nosso.https://fbstatic-a.akamaihd.net/rsrc.php/v2/y4/r/-PAXP-deijE.gif

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A HORA DE KEYNES


OBAMA PENSA PEQUENO EM INFRAESTRUTURA
Por Fareed Zakaria
President Obama’s State of the Union address presented an expanded vision of smart government to create jobs and revive the economy. Yet he lowered his sights on the single policy that would both jump-start the economy in the short term and create the conditions for long-term growth: infrastructure spending. Having tried several times to propose infrastructure bills of around $50 billion — or just 0.3 percent of gross domestic product (GDP) — the president further scaled back, proposing a “fix-it-first” plan that repairs 70,000 bridges falling down nationwide. This would apply a band-aid on America’s growing cancer of failing infrastructure. A 2009 study of all U.S. infrastructure by the American Society of Civil Engineers concluded that $2.2 trillion should be spentover five years to bring the nation’s roads, bridges, railway tracks, airports and associated systems up to grade.
Here are three crucial facts.
First, this is the big bang: It would be the most effective way to create good jobs. Private investment in commercial and residential real estate is still well below the historic norm. Unemployment in the construction industry is among the nation’s highest, hovering above 16 percent.
Second, it’s cheap: The federal government’s borrowing costs are lower than they are likely to ever be again. If you have to fix your decaying boiler, deferring maintenance is not fiscally prudent: The bill will be larger after the boiler explodes.
Third, this is an area where the federal government has a big role, one that Republicans have long embraced. In 1930, even as Herbert Hoover was trying to balance the federal budget, he urged large-scale expenditures on infrastructure.
The impact on growth from, for example, streamlining air-traffic control systems is obvious — bringing in more goods, travelers and tourists. But the United States also needs to connect many of its mid-size cities to the world market, cities that since the recession have been doing a lot of the heavy lifting in exports, job creation and economic growth. The United States needs new and expanded infrastructure to move more gas turbines from Charlotte (which Obama mentioned Tuesday), precision medical equipment and construction equipment from Illinois and Indiana, motorcycles from Milwaukee and more.
And yet, despite all this, infrastructure spending is politically dead.
Obama invited congressional Republicans to a private screening of “Lincoln,” hoping they would see compromise in action. (They refused.) Perhaps he should try to get them to watch the splendid new “American Experience” documentary on the making of the Panama Canal. One hundred years ago, the United States completed what was then the most expensive, complex and ultimately successful government program in human history. (The canal opened in 1914, but the final excavation ended in December 1913.) In his book “The Path Between the Seas,” historian David McCullough put the bill at $352 million, which was about five times the total cost of all the country’s land acquisitions to date — California, Florida, New Mexico, Alaska and Hawaii.
The French had tried to build the canal a few years earlier but, despite putting the builder of the Suez Canal, Ferdinand de Lesseps, on the job, they left in total failure. The American project’s first chief engineer quit after the first year. His replacement left as well. Only with the third did the project start moving. Yellow fever killed thousands of workers and caused others to flee in fright. The engineering challenges were immense and often seemed insurmountable. Media reports about the project were largely negative.
Then, in November 1906, Theodore Roosevelt visited the canal. It was the first time a president had ever left the boundaries of the United States. Roosevelt, a Republican, was determined that the project continue and be adequately funded. He turned his visit into one of the first great presidential photo ops. The journalist William Inglis wrote that “now that the President has gone to Panama, has seen that the work is progressing . . .the people are slowly awakening to the fact that our engineers and mechanics and laborers are making a success of the greatest and most difficult engineering feat in the world.”
Through sheer perseverance, the age-old fantasy of connecting the world’s two great oceans became a reality. The practical result was to cut travel time for goods and cargo between the east and the west by an order of magnitude, igniting an explosion of trade. Today more than 14,500 ships, and 244 million tons of cargo, pass through the canal annually.
What are we doing today that people, 100 years from now, will look back upon with pride?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O PAPA


O QUE SIGNIFICA A RENÚNCIA PAPAL
POR LUIZ OTÁVIO CAVALCANTI

A Igreja Católica Apostólica Romana baseia sua ação na hierarquia, na disciplina e na obediência. Essa estrutura vertical, com raízes medievais, projeta-se no terceiro milênio. É uma organização, hoje, administrada por anciãos. Seus principais decisores estão acima dos 70 anos. E esta é sua tragédia. Por que ?
Porque o mundo sofreu, nos recentes cinquenta anos, profundas transformações. Na sociedade secularizada, na cultura da imagem e na economia globalizada. E há um desacerto entre o mundo secular e a Instituição religiosa.
Esse desajuste acentuou-se em crise por duas razões principais: a desunião interna na Cúria romana e a questão moral de religiosos. O papado de Bento XVI seguiu basicamente a linha de João Paulo II. Com um déficit: falta de carisma do atual Papa. 
A luta pelo poder acende fogueiras de vaidades no Vaticano. Lá, Bento XVI, um intelectual, foi um pastor cercado de lobos. Ele não conseguiu dominar o sistema que ele próprio dirige. O que significa a renúncia de Bento XVI ? Um gesto de desespero final. Capaz de ensejar a possibilidade de uma mudança que ele não foi capaz de produzir. Um tiro no peito. Vencido, ele pretende se tornar vencedor.
E como fica o futuro ? O futuro da religião católica romana não está na Europa. É certo que lá está a maioria dos eleitores do novo Papa. Também é certo que estes são os mais influentes na política vaticana. Apesar disso, o futuro está nas igrejas americanas, africana e asiática. Onde se situa a percepção mais fina de carências e de reformas. O encontro mais profícuo entre o secular e o eterno.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

ALGAS OU POLUIÇÃO?

EXTRA!EXTRA!
NOVO EUFEMISMO NO PEDAÇO!
AGORA, POLUIÇÃO DO MAR NÃO É MAIS POLUIÇÃO É "PLUMA". 
KKKKKKKKKKKKKK, CHIQUÉRRIMO!
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·         1. NOTA TÉCNICA – MANCHA ESCURA NA PRAIA DO PINA
·         Técnico: Assis Lins de Lacerda Filho
·          - Analista Ambiental –
·         Eng. de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica.
·         Assunto: Esclarecimentos sobre “mancha” escura na Praia do Pina, registrada no dia 5 de janeiro de 2013 no período da tarde, e divulgado na impressa em geral.
·         QUANTO ÀS CONDIÇÕES GERAIS DO DIA
·         Para entendimento do fenômeno registrado, necessitamos de esclarecimentos gerais das
·         condições ambientais da região, como sendo:
·         1 – Trata-se da zona costeira do Estado de Pernambuco, especificamente da região do
·         entorno da desembocadura única dos estuários urbanos de vários rios da região metropolitana do Recife, como: Capibaribe, Beberibe, Jiquiá, Jordão e Pina; e da existência do Porto do Recife na área da foz coletiva;
·         2 – Ressaltamos a grande concentração urbana em zona costeira do Estado e de área urbana com grande deficiência de sistema de coleta, tratamento e destino final de efluentes sanitários, resultando em grande carga orgânica nos ambientes aquáticos(estuarinos e costeiros);
·         3 – Coincidência de época de verão forte, com pouca precipitação de chuvas na zona costeira, condições essas, que contribuem para o aumento da concentração da carga orgânica na bacia estuarina do Recife (Capibaribe, Beberibe, Jiquiá, Jordão e Pina),podendo causar impactos ambientais mais agudos e temporários;
·         4 – Coincidência com os últimos dias de ciclo de marés de quadratura (maré média ou maré morta), quando há uma grande diminuição da circulação estuarina e costeira, uma diminuição na amplitude das marés, como a registrada no dia do evento (5.2.13) quando a baixa mar foi de 0,8m, às 05:34 horas do início do dia e a preamar alcançou 1.9m, às11:39 e iniciando a vazante que se estendeu pelo período da tarde;
·         VISTORIA TÉCNICA DE 5 DE JANEIRO DE 2013 – Período da tarde.
·         Para melhor entendimento, executamos uma vistoria de campo na região da Praia do Pina, com observações na praia, propriamente dita, e no heliponto (21º andar) do edifício da JCPM localizado em local de excelente visualização da zona costeira.
·         Encontramos uma equipe da Capitania dos Portos, na pessoa da Primeiro-Tenente Flávia Rosana Dias Pessoa, que também visualizou a região do teto do edifício;Fomos acompanhados por um Soldado Bombeiro da equipe de segurança do edifício,que do alto do heliponto, relatou a ocorrência e detalhou a direção de origem do evento,como tendo iniciado no Porto do Recife e se deslocando para o sul, o mesmo afirmou que no inicia da tarde, a mancha escura se localizava no início da praia do Pina, nas proximidades na praia “Buraco da Veia” e que, com o decorrer da tarde, deslocou-separa toda a praia e alcançou a área ao sul do edifício;
·         2. Para melhor entendimento, ilustraremos com imagens da vistoria: Observação da “mancha” escura, já ao sul do edifício JCPM, com clara distinção das diferentes massas d’água da zona costeira:
·         1 – A pluma costeira mais escura na proximidade da praia, vindo do norte para o sul;
·          2 – a água mais clara, na sequência da praia do Pina para Boa Viagem;
·         3 – e a água mais distante da costa, com coloração azul oceânico;Imagem capturada do heliponto do edifício do JCPM, no Pina. A imagem frontal ao edifício JCPM, demonstra as observações da imagem anterior, ou seja:
·         A zona costeira com três diferentes colorações da água, a mais próxima com o efeito da pluma escura, a intermediária e mais clara e uma mais distante e com o tom de azul escuro oceânico; Essa imagem confirma a tonalidade do mar de verão da região costeira de Pernambuco, aumenta a influência das massas oceânicas e de tonalidade azul escura, em contraste com as águas costeiras e sob a influência dos efluentes estuarinos e circulação natural do litoral. Da mesma posição anterior, observamos que a pluma escura predominava na região da saída do Porto do Recife, e diminuindo na direção sul.
·         3. CONSIDERAÇÕES E CONCLUSÃO
·         Considerando as condições ambientais da região costeira do Estado de Pernambuco, principalmente da região metropolitana e do entorno do Porto do Recife;Considerando a confluência de fatores diversos de clima seco do verão, das condições das marés da semana que antecede o fenômeno e da circulação costeira e estuarina da região;Considerando o contraste da coloração das águas limpas oceânicas e costeiras de verão,com a qualidade das águas estuarinas e urbanas de áreas impactadas com efluentes domésticos e industriais;Podemos concluir que:A “mancha” escura visualizada na Praia do Pina e divulgada na imprensa estadual,como um grande impacto ambiental, trata-se da confluência de vários fatores ambientais regionais que influenciaram na circulação costeira e provocou o deslocamento da pluma proveniente dos estuários urbanos do Recife/Olinda, na direção das praia do Pina e Boa Viagem que tem águas límpidas nessa época do ano.
·         Recife, 6 de fevereiro de 2013
·         Assis Lins de Lacerda Filho
·         Analista Ambiental – CPRH 
Eng. de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

UMA BOA PARCERIA


RENAN CALHORDA


O ANTI-HERÓI DAS ALAGOAS
Por Theresa Collor
"Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz". As vacas de Renan dão cria 24 h, por dia. Haja capim e gente besta em Murici e em Alagoas!
Uma qualidade eu admiro em você: o conhecimento da alma humana. Você sabe manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas.
Do menino ingênuo que eu fui buscar em Murici para ser deputado estadual em 1978 - que acreditava na pureza necessária de uma política de oposição dentro da ditadura militar - você, Renan Calheiros, construiu uma trajetória de causar inveja a todos os homens de bem que se acovardam e não aprendem nunca a ousar como os bandidos.
Você é um homem ousado. Compreendeu, num determinado momento, que a vitória não pertence aos homens de bem, desarmados desta fúria do desatino, que é vencer a qualquer preço. E resolveu armar-se. Fosse qual fosse o preço,Renan Calheiros nunca mais seria o filho do Olavo, a degladiar-se com os poderosos Omena, na Usina São Simeão, em desigualdade de forças e de dinheiros.
Decidiu que não iria combatê-los de peito aberto, descobriria um atalho, um mil artifícios para vencê-los, e, quem sabe, um dia derrotaria todos eles, os emplumados almofadinhas que tinham empregados cujo serviço exclusivo era abanar, durante horas, um leque imenso sobre a mesa dos usineiros, para que os mosquitos de Murici (em Murici, até os mosquitos são vorazes) nãomordessem a tez rósea de seus donos: Quem sabe, um dia, com a alavanca da política, não seria Renan Calheiros o dono único, coronel de porteira fechada, das terras e do engenho onde seu pai, humilde, costumava ir buscar o dinheiro da cana, para pagar a educação de seus filhos, e tirava o chapéu para os Omena, poderosos e perigosos.
Renan sonhava ser um big shot, a qualquer preço. Vendeu a alma, como o Fausto de Goethe, e pediu fama e riqueza, em troca.
Quando você e o então deputado Geraldo Bulhões, colegas de bancada de Fernando Collor, aproximaram-se dele e se aliaram, começou a ser Parido o novo Renan.Há quem diga que você é um analfabeto de raro polimento, um intuitivo. Que nunca leu nenhum autor de economia, sociologia ou direito.Os seus colegas de Universidade diziam isso. Longe de ser um demérito, essa sua espessa ignorância literária faz sobressair, ainda mais, o seu talento.
De vencedor.Creio que foi a casa pobre, numa rua descalça de Murici, que forneceu a você o combustível do ódio à pobreza e o ser pobre. E Renan Calheiros decidiu que, se a sua política não serviria ao povo em nada, a ele próprio serviria em tudo. Haveria de ser recebido em Palacios, em mansões de milionários, em Congressos estrangeiros, como um príncipe, e quando chegasse a esse ponto,todos os seus traumas banhados no rio Mundaú, seriam rebatizados em Fausto e opulência; "Lá terei a mulher que quero, na cama que escolherei. Serei amigo do Rei."
Machado de Assis, por ingênuo, disse na boca de um dos seus personagens: "A alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível." Mais adiante, porém, diante da inexorabilidade do destino do desonesto, ele advertia: "Suje-se, gordo! Quer sujar-se? Suje-se, gordo!"
Renan Calheiros, em 1986, foi eleito deputado federal pela segunda vez. Nesse mandato, nascia o Renan globalizado, gerente de resultados, ambição à larga, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da consciência. No seu caso, nada sobrou do naufrágio das ilusões de moço!Nem a vergonha na cara. O usineiro João Lyra patrocinou essa sua campanha com US1.000.000. O dinheiro era entregue, em parcelas, ao seu motorista Milton, enquanto você esperava, bebericando, no antigo Hotel Luxor, av. Assis Chateaubriand, hoje Tribunal do Trabalho.
E fez uma campanha rica e impressionante, porque entre seus eleitores havia pobres universitários comunistas e usineiros deslumbrados, a segui-lo nas estradas poeirentas das Alagoas, extasiados com a sua intrepidez em ganhar a qualquer preço. O destemor do alpinista, que ou chega ao topo da montanha -e é tudo seu, montanha e glória - ou morre. Ou como o jogador de pôquer, que blefa e não treme, que blefa rindo, e cujos olhos indecifráveis Intimidam o adversário. E joga tudo. E vence. No blefe.Você, Renan não tem alma, só apetites, dizem. E quem, na política brasileira, a tem? Quem, neste Planalto, centro das grandes picaretagens nacionais, atende no seu comportamento a razões e objetivos de interesse público? ACM, que, na iminência de ser cassado, escorregou pela porta da renúncia e foi reeleito como o grande coronel de uma Bahia paradoxal, que exibe talentos com a mesma sem-cerimônia com que cultiva corruptos? JoséSarney, que tomou carona com Carlos Lacerda, com Juscelino, e, agora, depois de ter apanhado uma tunda de você, virou seu pai-velho, passando-lhe a alquimia de 50 anos de malandragem?
Quem tem autoridade moral para lhe cobrar coerência de princípios? O presidente Lula, que deu o golpe do operário, no dizer de Brizola, e hoje ospeda no seu Ministério um office boy do próprio Brizola?Que taxou os aposentados, que não o eram, nem no Governo de Collor, e dobrou o Supremo Tribunal Federal?
No velho dizer dos canalhas, todos fazem isso, mentem, roubam, traem. Assim, senador, você é apenas o mais esperto de todos, que, mesmo com fatos gritantes de improbidade, de desvio de conduta pública e privada, tem a quase unanimidade deste Senado de Quasímodos morais para blindá-lo.
E um moço de aparência simplória, com um nome de pé de serra - Siba - é o camareiro de seu salvo-conduto para a impunidade, e fará de tudo para que a sua bandeira - absolver Renan no Conselho de Ética - consagre a sua carreira.Não sei se este Siba é prefixo de sibarita, mas, como seu advogado in pectore, vida de rico ele terá garantida. Cabra bom de tarefa, olhem o jeito sestroso com que ele defende o chefe... É mais realista que o Rei. E do outro lado, o xerife da ditadura militar, que, desde logo, previne: quero absolver Renan.
Que Corregedor!... Que Senado!...Vou reproduzir aqui o que você declarou possuir de bens em 2002 ao TRE. Confira, tem a sua assinatura:
1) Casa em Brasília, Lago Sul, R$ 800 mil
2) Apartamento no edifício Tartana, Ponta Verde, R$ 700 mil
3) Apartamento no Flat Alvorada, DF, de R$ 100 mil
4) Casa na Barra de S Miguel de R$ 350 mil ..E SÓ.
Você não declarou nenhuma fazenda, nem uma cabeça de gado!!
Sem levar em conta que seu apartamento no Edifício Tartana vale, na realidade, mais de R$1 milhão, e sua casa na Barra de São Miguel, comprada de um comerciante farmacêutico, vale mais de R$ 2.000.000.Só aí, Renan, você DECLARA POSSUIR UM PATRIMONIO DE CERCA DE R$ 5.000.000.
Se você, em 24 anos de mandato, ganhou BRUTOS, R$ 2 milhões, como comprou o resto? E as fazendas, e as rádios, tudo em nome de laranjas? Que herança moral você deixa para seus descendentes?
Você vai entrar na história de Alagoas como um político desonesto, sem escrúpulos e que trai até a família. Tem certeza de que vale a pena? Uma vez, há poucos anos, perguntei a você como estava o maior latifundiário de Murici. E você respondeu: "Não tenho uma só tarefa de terra. A vocação de agricultor da família é o Olavinho." É verdade, especialmente no verde das mesas de pôquer!O Brasil inteiro, em sua maioria, pede a sua cassação. Dificilmente você será condenado. Em Brasília, são quase todos cúmplices.
Mas olhe no rosto das pessoas na rua, leia direito o que elas pensam, sinta o desprezo que os alagoanos de bem sentem por você e seu comportamento desonesto e mentiroso. Hoje perguntado, o povo fecharia o Congresso. Por causa de gente como você!
Por favor, divulguem pro Brasil inteiro pra ver se o congresso cria vergonha na cara. Os alagoanos agradecem.
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