quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

ALGAS OU POLUIÇÃO?

EXTRA!EXTRA!
NOVO EUFEMISMO NO PEDAÇO!
AGORA, POLUIÇÃO DO MAR NÃO É MAIS POLUIÇÃO É "PLUMA". 
KKKKKKKKKKKKKK, CHIQUÉRRIMO!
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·         1. NOTA TÉCNICA – MANCHA ESCURA NA PRAIA DO PINA
·         Técnico: Assis Lins de Lacerda Filho
·          - Analista Ambiental –
·         Eng. de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica.
·         Assunto: Esclarecimentos sobre “mancha” escura na Praia do Pina, registrada no dia 5 de janeiro de 2013 no período da tarde, e divulgado na impressa em geral.
·         QUANTO ÀS CONDIÇÕES GERAIS DO DIA
·         Para entendimento do fenômeno registrado, necessitamos de esclarecimentos gerais das
·         condições ambientais da região, como sendo:
·         1 – Trata-se da zona costeira do Estado de Pernambuco, especificamente da região do
·         entorno da desembocadura única dos estuários urbanos de vários rios da região metropolitana do Recife, como: Capibaribe, Beberibe, Jiquiá, Jordão e Pina; e da existência do Porto do Recife na área da foz coletiva;
·         2 – Ressaltamos a grande concentração urbana em zona costeira do Estado e de área urbana com grande deficiência de sistema de coleta, tratamento e destino final de efluentes sanitários, resultando em grande carga orgânica nos ambientes aquáticos(estuarinos e costeiros);
·         3 – Coincidência de época de verão forte, com pouca precipitação de chuvas na zona costeira, condições essas, que contribuem para o aumento da concentração da carga orgânica na bacia estuarina do Recife (Capibaribe, Beberibe, Jiquiá, Jordão e Pina),podendo causar impactos ambientais mais agudos e temporários;
·         4 – Coincidência com os últimos dias de ciclo de marés de quadratura (maré média ou maré morta), quando há uma grande diminuição da circulação estuarina e costeira, uma diminuição na amplitude das marés, como a registrada no dia do evento (5.2.13) quando a baixa mar foi de 0,8m, às 05:34 horas do início do dia e a preamar alcançou 1.9m, às11:39 e iniciando a vazante que se estendeu pelo período da tarde;
·         VISTORIA TÉCNICA DE 5 DE JANEIRO DE 2013 – Período da tarde.
·         Para melhor entendimento, executamos uma vistoria de campo na região da Praia do Pina, com observações na praia, propriamente dita, e no heliponto (21º andar) do edifício da JCPM localizado em local de excelente visualização da zona costeira.
·         Encontramos uma equipe da Capitania dos Portos, na pessoa da Primeiro-Tenente Flávia Rosana Dias Pessoa, que também visualizou a região do teto do edifício;Fomos acompanhados por um Soldado Bombeiro da equipe de segurança do edifício,que do alto do heliponto, relatou a ocorrência e detalhou a direção de origem do evento,como tendo iniciado no Porto do Recife e se deslocando para o sul, o mesmo afirmou que no inicia da tarde, a mancha escura se localizava no início da praia do Pina, nas proximidades na praia “Buraco da Veia” e que, com o decorrer da tarde, deslocou-separa toda a praia e alcançou a área ao sul do edifício;
·         2. Para melhor entendimento, ilustraremos com imagens da vistoria: Observação da “mancha” escura, já ao sul do edifício JCPM, com clara distinção das diferentes massas d’água da zona costeira:
·         1 – A pluma costeira mais escura na proximidade da praia, vindo do norte para o sul;
·          2 – a água mais clara, na sequência da praia do Pina para Boa Viagem;
·         3 – e a água mais distante da costa, com coloração azul oceânico;Imagem capturada do heliponto do edifício do JCPM, no Pina. A imagem frontal ao edifício JCPM, demonstra as observações da imagem anterior, ou seja:
·         A zona costeira com três diferentes colorações da água, a mais próxima com o efeito da pluma escura, a intermediária e mais clara e uma mais distante e com o tom de azul escuro oceânico; Essa imagem confirma a tonalidade do mar de verão da região costeira de Pernambuco, aumenta a influência das massas oceânicas e de tonalidade azul escura, em contraste com as águas costeiras e sob a influência dos efluentes estuarinos e circulação natural do litoral. Da mesma posição anterior, observamos que a pluma escura predominava na região da saída do Porto do Recife, e diminuindo na direção sul.
·         3. CONSIDERAÇÕES E CONCLUSÃO
·         Considerando as condições ambientais da região costeira do Estado de Pernambuco, principalmente da região metropolitana e do entorno do Porto do Recife;Considerando a confluência de fatores diversos de clima seco do verão, das condições das marés da semana que antecede o fenômeno e da circulação costeira e estuarina da região;Considerando o contraste da coloração das águas limpas oceânicas e costeiras de verão,com a qualidade das águas estuarinas e urbanas de áreas impactadas com efluentes domésticos e industriais;Podemos concluir que:A “mancha” escura visualizada na Praia do Pina e divulgada na imprensa estadual,como um grande impacto ambiental, trata-se da confluência de vários fatores ambientais regionais que influenciaram na circulação costeira e provocou o deslocamento da pluma proveniente dos estuários urbanos do Recife/Olinda, na direção das praia do Pina e Boa Viagem que tem águas límpidas nessa época do ano.
·         Recife, 6 de fevereiro de 2013
·         Assis Lins de Lacerda Filho
·         Analista Ambiental – CPRH 
Eng. de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica


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