quinta-feira, 27 de outubro de 2016

DISTOPIA

O QUE É DISTOPIA

Aluizio Gomes

Distopia é o antônimo de utopia. A palavra é usada para caracterizar pessoas ou posições avessas à globalização, à modernidade, e suas consequências na vida das pessoas.
A civilização avança com novos conceitos, métodos, ideias, enfim, coisas que deixam para trás antigas práticas, para o bem ou para o mal.
Temos inúmeros exemplos. Após a descoberta do DNA, e o advento da capacidade do homem em interferir na composição genética, houve muita reação de setores conservadores que clamam consequências danosas ao meio ambiente.
Nos Estados Unidos temos um grupo denominado Amish que não aceita a modernidade, anda de carroças a cavalo, não usa telefone, nem Internet, etc.
A globalização veio para ficar, devido a comunicações mais rápidas e econômicas, em todos os setores. Na década de 50, no Brasil, os campeonatos de futebol eram exclusivamente estaduais, mas hoje temos campeonatos interestaduais, possíveis devido às viagens de avião e a interligação nacional da TV.
Percebendo a facilidade de comunicação internacional, o empresariado começou a aproveitar vantagens competitivas, de modo a se melhor posicionar no mercado. Isto levou ao barateamento do produto final, uma forte ferramenta no combate à inflação e permitindo que mais pessoas tivessem acesso ao consumo.
Claro, que no fundo, esta vantagem se concretiza na diferença salarial entre o operário do primeiro mundo com a sua contra parte nos países emergentes.
Para cada emprego ganho na China, perde-se um nos Estados Unidos, falando a grosso modo. Aí entra a distopia, operários americanos ressentem-se dos acordos comerciais, querem a volta de um passado impossível, quando só os americanos e europeus produziam os bens de consumo.
Chega-se a um paradoxo: os americanos gozam de um aumento no PIB, queda na inflação, na criminalidade e no desemprego, aumento incrível na produtividade, devido à automação, gasolina barata, etc. Todas as estatísticas lhes são favoráveis, mas mesmo assim, muitos não estão satisfeitos, e querem eleger um demagogo, ícone da distopia, Donald Trump.
Xenofobia também é um sintoma de distopia. E muito da plataforma de Trump é xenófoba, é contra a imigração, contra latinos e muçulmanos.
Outro exemplo de distopia é o Brexit, uma tendência isolacionista, contrária à globalização.
Na América Latina, a ALCA foi torpedeada por Raul Castro e Hugo Chávez, um acordo que traria muitos empregos para a região, mas os discordantes não queriam uma integração com os americanos, rotulados de “imperialistas” pela esquerda latino-americana.
A modernidade é irreversível, não se pode voltar ao tempo das carroças, nem acabar com a Internet. O que pode ser feito é corrigir as consequências danosas da modernidade, combater a poluição, o desmatamento, o desemprego de operários que ficaram para trás, e combater as doenças causadas pela modificação da dieta do homem, o abuso de agrotóxicos, o uso de combustíveis fósseis, etc.
O caminho é para frente e não para trás.

27/10/2016.



terça-feira, 11 de outubro de 2016

OBESIDADE

OBESIDADE x REFRIGERANTE

Por muitos anos a indústria de refrigerantes vem usando o fato inegável que a obesidade tem muitas causas para se omitir de sua própria responsabilidade.

Eles afirmam:
 “O povo está comendo demais, façam mais exercício !”

Nos Estados Unidos, o consumo de calorias oriunda de refrigerante triplicou desde 1970 até agora, sendo responsável por metade do aumento nacional de calorias.

O refrigerante não tem nenhum valor nutritivo. É água com açúcar, calorias que não alimentam, mas sobem o trabalho de rins e pâncreas para eliminar o excesso de açúcar.

Isto predispõe não só à obesidade, como também, a diabetes.

Somando ao açúcar, o refrigerante contém aditivos químicos, comprovadamente cancerígenos.

O lobby do açúcar é muito poderoso, amordaçando não só a imprensa, mas também a classe médica.