segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

AJUDANDO CUBA

INDIGNAÇÃO E ESPERANÇA
Por Roberto Magalhães
O título deste artigo é inspirado por livro que li há pouco tempo, “Redes de Indignação e Esperança”, do sociólogo Manuel Castells, em que se tem uma narrativa inteligente e documentada dos eventos que marcaram os protestos populares e a derrubada de governos na Islândia, Tunísia, Egito e Espanha, este último país sem que se tenha atingido a estabilidade da Monarquia.
Mas o que no livro me levou a escrever? Em primeiro lugar, a indignação que me aflige, ao tomar conhecimento e ter a comprovação de que o Brasil continua a investir milhões de dólares, através do BNDES, em países latino-americanos com afinidades ideológicas com os governos petistas de Lula e Dilma.
Desta vez, o beneficiário é Cuba, com investimento de 685 milhões de dólares, para a construção do Porto de Mariel, segundo reportagem da Revista Veja, com capacidade 30% superior ao de Suape, em Pernambuco. A matéria publicada pela mencionada revista Veja, de circulação nacional, na sua mais recente edição, que chegou ao Recife no dia 4 de janeiro de 2014, esclarecendo ainda que “o Governo e o BNDES destinaram três vezes mais recursos a Cuba do que ao Porto pernambucano”.
Esclarece, ainda, a reportagem, que “o Brasil distribui investimentos a 15 países, sendo que o negócio com a ditadura de Cuba tem o contrato classificado como secreto”e foi autorizado pelo BNDES, no governo Lula, em 2008.
Esta última informação foi prestada pelo ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento e Comércio Exterior. Adianta ainda a Veja, que o sigilo se deve à inexistência de garantias, que se resumiria apenas a depósito pelo governo de Cuba, em conta-corrente no Banco do Brasil, em Nova Iorque, de importância correspondente a três parcelas do empréstimo, que somente começará a se vencer a partir do ano de 2017.
Nada mais pode ser informado, nem o valor das prestações que talvez seja irrisório, nem o conteúdo de qualquer das cláusulas, pois o sigilo atribuído pelo governo brasileiro vigorará até 2027.
Pergunta-se, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados tiveram conhecimento daquela negociação, ou porventura a aprovaram? Este assunto é indiscutivelmente de interesse nacional e significa recursos de um banco de desenvolvimento
nacional, o BNDES, que julgou mais importante investir na infraestrutura de Cuba do que em nossa infraestrutura portuária, que somente agora, após os protestos de rua ocorridos em 2013 e as reivindicações de nossos exportadores de soja, que parece haver despertado a indiferença do governo.
E temos já a expectativa de que o governo cubano venha a pedir um novo empréstimo, para a construção da Zona Industrial em redor do Porto, que a presidente Dilma deverá inaugurar em março ou abril.
A decisão do BNDES autorizando o financiamento é de 2008, no governo Lula, e desde então nada se sabia, salvo alguns poucos acumpliciados, que guardaram em silêncio.

Recentemente, brasileiros, sobretudo médicos e parlamentares de partidos de oposição, protestaram contra a vinda de médicos cubanos para trabalhar
no Brasil, sem respeitar as leis trabalhistas e previdenciárias, por serem considerados trabalhadores cubanos em nosso território, sendo parte dos salários destinados ao governo de Cuba, como receita.
Até onde querem levar este País? A quantas humilhações ainda pretendem submetê-lo?
O Congresso Nacional, Senado e Câmara têm o dever de se pronunciar sobre este episódio. Não importa este seja um ano de eleições, 2014, e por tanto com “recesso branco”.
A narrativa desse negócio secreto entre o Brasil e Cuba, e outros, passa a ideia de que tudo correu à revelia do Congresso Nacional, e que aqui como em Cuba, o Poder Executivo pode tudo.
O Brasil e o povo brasileiro merecem mais respeito.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O CADUCEU DE MERCÚRIO


ALGO SOBRE O CADUCEU DE MERCÚRIO.O AUTOR ALERTA SOBRE O PERIGO DE SE USAR DROGAS.
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O Caduceu de Mercúrio, o símbolo da medicina, representa os três canais sutis principais e centrais situados invisivelmente ao longo da coluna vertebral, sendo o local de confluência e distribuição de todas as energias captadas pelo corpo energético e pelos centros de força (chacras), consubstanciando assim na estrutura mais diretamente ligada à consciência comum e àquelas latentes. È por meio da purificação progressiva desses três canais que as energias cósmicas, cada vez mais sutilizadas, abrem o acesso aos estados mais superiores da consciência.
Os três canais principais, ou nadis, com sua distribuição característica, ou seja, um canal central (sushuma), ladeado por dois outros, um solar (pingala) e outro lunar (ida), são um perfeito reflexo do processo cósmico da bipolaridade complementar que gera e mantém a vida mas só se realiza na síntese. Os dois canais laterais, o direito, masculino (yang), e o esquerdo, feminino (yin), estão em relação direta com o canal central , ou principal, sushuma, neutro e sem atributos. Este representa uma síntese dos canais laterais. À medida que o ser evolui, a energia fundamental começa a concentrar-se mais harmonicamente nos canais laterais, ou seja, o indivíduo passa a não oscilar tão fortemente entre os aspectos polares da vida (solicitação de sentidos físicos, desejos, noção de separatividade do ego, ambições egocêntricas etc.), tendendo cada vez mais a concentrar-se em sua vida interior, devido à permanência gradativamente maior da consciência comum no canal central, chamado “portal do espírito”. É desse modo que a consciência individual passa a cultivar mais noções abstratas, que obviamente são de difícil compreensão para a mente concreta trivial. É sushuma a via principal que permite a evolução da consciência aos planos superiores que no caduceu de Mercúrio, é representado pelo cetro com asas no topo, como a simbolizar que sushuma é a via que permite o “vôo” da consciência liberta rumo a divinização. Esta alegoria obedece ao magistral ensinamento de que a chave para o acesso a Deus não pode ser encontrada fora, como querem as religiões e dogma, mas dentro de cada um, como ensinam os sistemas de iniciações. O caduceu de Mercúrio é o símbolo desta chave.
Para a medicina tibetana, esses três canais são as primeiras estruturas que surgem no embrião humano e até a oitava semana de gestação estão formados os principais chakras e todos os “nervos psíquicos” sutis.
Os canais sutis existem em nível etéreo e astral e correspondem, de certo modo, às veias e nervos físicos, mas não são iguais a eles. Purificados e controlados através do tantra, correspondem ao Nirmana-kaya. Os fluídos sutis que neles existem correspondem às essências humorais mais nobres do corpo, que a medicina tibetana divide em cinco tipos; purificados, estes correspondem ao Sambhogakaya. A essência mais sutil da energia principal que flui nos canais centrais está relacionada com a energia chamada ojas e diz respeito ao sêmen físico, ao sangue menstrual e às secreções vitais. Sua forma purificada corresponde ao Dharmakaya.
A literatura especifica afirma que os canais sutis são numerosos, aproximadamente em torno de 72000. Todos eles, entretanto, à semelhança do sistema de afluentes dos rios, confluem para os três canais principais centralizados na coluna vertebral, que reunidos, são simbolizados pelo caduceu de Mercúrio.
Sushuma sai do topo da cabeça, sob a área mole do crânio chamada “porta de Brahma”, e vai até um espaço localizado a quatro dedos abaixo do umbigo. Algumas obras tântricas consideram que o canal central se estende até o órgão sexual. Esse nadi representa o aspecto absoluto, a consciência, a sabedoria não dual. É um canal reto, oco, luminoso e azul. Diz-se ser tão fino quanto a haste de uma seta. Não é o mesmo que a medula espinhal, mas corresponde a ela, pois é o eixo vertical do corpo sutil, enquanto a medula espinhal é o eixo denso.
Pingala e ida nascem também no crânio, surgindo juntos de um ponto sagrado, situado na medula, conhecido como Triveni. Nascem próximos asushuma, mas afastam-se deste logo acima das sobrancelhas, correndo paralelamente no sentido distal, a aproximadamente uma polegada de distância, e juntando-se logo acima da parte inferior de sushuma, pouco abaixo do umbigo (ou pouco acima da área genital). Essa é a forma como os canais são visualizados na meditação, mas, na realidade, os dois canais laterais se entrelaçam com o canal central em vários pontos importantes ao longo do percurso, assumindo o aspecto de duas serpentes perfeitas e geometricamente entrelaçadas, formando espaços entre os pontos de entrelaçamento, sem nunca se tangerem. Foi exatamente essa imagem que inspirou o caduceu de Mercúrio.
As controvérsias sobre o posicionamento do três nadis principais devem-se ao fato de que apenas os videntes adiantados conseguem observá-los e, como eles existem na quarta dimensão (astral) e no plano etérico invisível, é extremamente difícil apontar sua localização exata, obrigando os estudiosos a lançar mão do recurso da aproximação. Muitos textos orientais mostram localizações um tanto diferentes, embora sempre guardando certa semelhança.
Os dois nadis laterais, embora mais finos do que o central, são igualmente ocos e luminosos. Quanto a suas cores, existem também algumas discussões. Para a medicina tibetana, o canal esquerdo, ou lunar, é branco: ele representa o aspecto feminino e o básico obscurecimento do desejo-apego. O lado direito é vermelho, representa o aspecto masculino, o elemento água e o obscurecimento básico do ódio-aversão. Mas posições totalmente opostas, tanto no tantrismo tibetano quanto no sistema de yoga as Índia. No budismo esotérico, por exemplo, o canal direito é predominantemente vermelho, enquanto no esquerdo predomina a cor verde. Essa colocação se baseia no fato de que esses canais carreiam modalidades de energia ligadas às forças cósmicas chamadas kundaline e fohat, que são respectivamente vermelha e verde. Mas essas cores ocorrem com mais exuberância nos mestres e seres mais adiantados, enquanto no homem comum aparecem alguns breves lampejos desses tons. Existem também obras que mostram uma posição invertida desses canais segundo o sexo, ou seja, na mulher ida está à direita e pingala à esquerda. Contudo esse posicionamento é bastante improvável, pois diverge da ordem cósmica básica.
A descrição das veias sutis e dos chacras a elas associados varia de acordo com o sistema médico ou com o sistema tântrico. Os mestres ensinam que as variações de descrição dos três canais apontam para o fato de ter o meditador de encontrá-los sozinhos e localizá-los conforme as próprias capacidades e tipo de prática.
A confusão quanto ao posicionamento e ás cores dos canais sutis laterais, e do próprio conjunto dos três, deve-se ao fato de que foi necessário ocultar (velar ou “colocar um véu”…) o conhecimento verdadeiro da curiosidade profana, que poderia dele fazer mau uso. Esse foi um recurso utilizado para proteger o conhecimento sagrado, tanto dos homens comuns de seus países quanto de invasores estrangeiros. Por isso, muitas obras ocidentais sobre a medicina tibetana apresentam informações diferentes da realidade esotérica.
Por meios de métodos tântricos e práticas especiais, o fluxo vital (também denominado “ares” ou “essências”) nos três canais é mantido conscientemente no ponto de reunião abaixo do umbigo, para fazer surgir o “calor místico”, que desimpede os canais para fazer a passagem adequada do fluxo vital. Os “ares” sutis contêm a força vital ou prana. Os tibetanos identificam um caráter de reciprocidade entre a mente e oprana, de modo que o domínio a estabilização do prana nos canais centrais também estabilizam a mente. Esse é o princípio básico de todoyoga e das técnicas de pranayama. O padrão respiratório do homem se altera conforme o estado mental e emocional e por isso os estados de espírito e os sentimentos refletem-se no ritmo da respiração. Pela prática do pranayama, manipulando adequadamente a respiração é possível influenciar a mente e a consciência.
Durante a respiração, os dois canais laterais inflam sob a ação do ar aspirado pelas narinas. Ordinariamente, o prana contido no ar aspirado se dispersa por todo o corpo através de inúmeros caminhos para, nos canais laterais a sushuma, formar os “ares psiquicos”, também chamados de “ares kármicos”, porque carregam consigo as forças do obscurecimento mental. O yogue controla os ares kármicos e faz com que cheguem ao canal central de modo a dominar conscientemente e transmutar a força das corrupções “kármicas”.
O corpo depende dos canais centrais, estes dependem do prana para formar a força psíquica, que por sua vez é a base da atividade da mente. A mente comum é a fonte de emoções negativas, com a capacidade de gerar doenças e “demônios”. Pela pacificação da mente por meio das práticas voltadas ao aperfeiçoamento dos canais psíquicos centrais, todas as forças negativas e enfermidades podem ser eliminadas. Com o trabalho sobre os canais centrais, seja pelo pranayama ou pela meditação, vai ocorrendo a purificação dos chacras, quando são retirados os “venenos” as toxinas psíquicas associadas a cada um deles. Essa purificação é feita através da sublimação das energias sutis que passam a ser condensadas na base do canal central, onde é ativada a essência deboddhi que gera o “calor vital” capaz de “queimar e destruir os “venenos”.
O domínio da respiração pode transformar os “venenos” em “sabedorias” pelo controle dos “três caminhos”. O ar aspirado circula para baixo através dos dois canais externos e chega ao canal central em sua parte mais baixa. Quando se retém a respiração enquanto se ligam os dois canais laterais na base do canal central, a essência do “ar da sabedoria” mantêm-se dentro do canal central, ao passo que as corrupções e os “karmas” negativos são expelidos com a exalação consciente.
As energias mais sutis do corpo são geradas a partir do canal centralsushuma, e no centro do coração, através da concentração da pura quinta essência, extremamente luminosa e colorida composta pelos cinco elementos. Daí essa energia segue para todos os pequenos canais sutis formando o sustentáculo da vida e da consciência. Quando as emoções negativas embaraçam os canais, provocam o bloqueio dessas energias e, conseqüentemente, o fluxo vital mantém-se mais grosseiro. Por ida, passa um tipo de fluxo ligado a kama e por pingala outro fluxo ligado àmanas. Os dois juntos formam kama-manas, o princípio desejo-mente, que se expressa no ahankara. Ao evoluir, vai havendo a superação desse último princípio e a centralização da consciência em sushuma, através do processo da constante purificação desses canais.
Sushuma é o canal ligado diretamente ao qe se chama mais vulgarmente de “foco de percepção”, que é como a pessoa “sente” e “vê” o mundo e a vida. Quando esse canal se acha obliterado ou preenchido por energiasdemasiadamente polarizadas (sobre a influência de kama-manas ou alimentadas por ida-pingala) a pessoa entende o mundo de um modo obscuro, triste, tedioso, ou desinteressante. Freqüentemente ela se mostra insatisfeita e costuma buscar lenitivos para preencher seu “vazio”, como o álcool, esportes, coleções, etc… estabelecendo rotinas enfadonhas para o viver. Em caso oposto, quando sushuma vai se tornando mais desimpedido, a vida é “sentida” mais ampalmente, com satisfação e luminosidade. Há confiança, esperança verdadeira, certeza, dinamismo, entusiasmo e uma inusitada alegria e satisfação de “estar vivo”; são pessoas felizes e contagiantes, que conseguem ver graça e brilho em tudo, reagem com resignação diante dos reveses e não se abatam. Em casos de abertura maior e uma função mais ativa de sushuma, tem-se a plenitude da consciência e a sensação de “felicidade” é substituída pelo êxtase: a vida é sentida em sua realidade plena, em que o individuo se mantém em “estado de graça” constante. Na verdade, o estado normal do sentimento pela vida é a “graça”, a “bem-aventurança”, o êxtase,e se, não vemos a vida nem a sentimos plenamente sob este ângulo, isso se deve à obstrução dos canais sutis, que torna a vida uma coisa comum e sem atrativos, forcejando o individuo a compensar essa lacuna coma as expectativas frustras do prazer dos sentidos. As crianças tenras (que sempre apresentam os canais desimpedidos e ativos) vivem felizes e alegras com qualquer coisa, por mais simples que seja, admirando profundamente tudo o que está à volta. Talvez seja com base nessa verdade que um certo Mestre Jesus afirmou que “ aquele que não se tornar semelhante a uma criancinha não adentrará o reino dos céus…”
Algumas drogas psicoativas, tais como a cocaína, a heroína, o álcool, agem forçando uma maior concentração de prana em sushuma, anulando temporariamente a atividade de ida e pingala. Como resultado, o individuo tem sensações e percepções muito fortes, ás vezes fantásticas, quando entra em conexão com planos mais sutis. Mas em cada “mergulho” nesses estados inusitados de consciência distancia-se cada vez mais da via que o levaria naturalmente a esses mesmos estados por meio da meditação e do yoga. Esse é o grande perigo das drogas e dos vícios, pois acabam obliterando cada vez mais os canais sutis.
Existia na Índia, entre os brâmanes e lamas em centros iniciático de grande porte, a prática da ingestão do “liquor de soma” e do “liquor desukra”, capazes de elevar a consciência e a percepção do discípulo até Atmã e beirar o Nirvana, de modo a mostrar “o que os espera” se dedicarem-se às praticas espirituais. Essas duas beberagens são ministradas em rituais especialíssimos, repletos de preparativos complicados, jejuns, depurações, etc., sendo o “retorno” dessa viagem “átmica” sempre uma fase extremamente dolorosa para aquele que a experimenta, pois ele se sente voltando para uma prisão e a um mundo de dor e dificuldades. Isso pode ser de certa forma entendido com relação a drogas muito estimulantes como a cocaína e a heroína, e o fator do vicio. Tanto soma como sukra agem diretamente sobre sushuma, mas sem produzir as obliterações que as drogas comuns provocam nesse canal. Obviamente a composição e uso dessas bebidas sagrdas são de domínio exclusivo de altos sacerdotes e sua aplicação faz parte de técnicas espirituais herméticas inacessíveis ao homem comum.
(Extraído da obra O Caduceu de Mercúrio, de autoria de Marcio Bontempo. Editora Best Seller)


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

BIG BROTHER

GEORGE ORWELL & BIG BROTHER

Por Aluizio Gomes

Pensa que o pior de Big Brother é sua capacidade de xeretar nossas vidas?

Ledo engano.

A  grande, e essencial, capacidade de Big Brother é controlar a mente das pessoas, fazer com que elas pensem em uníssono o que interessa a BB. Por isso as pessoas repetem os mesmos chavões e clichês de sempre, as mesmices, até as mais sofisticadas, passando para o ouvinte que o cara é bam bam bam.
Os dissidentes são poucos, marginalizados por BB, considerados criminosos, loucos, se não chegar mesmo a levar um tiro (John Lennon). O criador de Wikileaks foi preso, aquele cara da CIA, Snowden é procurado pelo FBI, e assim por diante.
Neste contexto de lavagem cerebral, BB pode determinar o que devemos comer e beber, mesmo venenos extremamente prejudiciais à nossa saúde: refrigerantes, sal refinado, ciclamatos, leite UHT, aditivos químicos, uma lista infindável.
Na área científica e histórica, a mesma.Dados que ameacem BB não são divulgados, ou alterados.
Se até a própria Bíblia está totalmente adulterada, para manter o domínio de BB, o que esperar dos nossos livros didáticos?
Desde pequeno sempre nos ensinaram nas escolas que o Brasil perdeu o ciclo da borracha porque alguns ingleses roubaram umas mudas da seringueira e levaram para a Ásia.
Isto nunca foi verdade, a realidade  foi nossa incapacidade em competir no mercado internacional.


Para dourar a pílula, bugigangas nos são oferecidas: smartphones, TV a cabo, carros bacanas, e assim seguimos felizes na vida de gado. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

ARNALDO JABOR

O PERIGO VERMELHO
Por Arnaldo Jabor


É necessário alertar a população pensante para essa mediocridade ideológica anacrônica e fácil para cooptar jovens sem cultura política.
Retiraram o corpo de João Goulart da sepultura para examiná-lo. Coisa deprimente, os legistas examinando ossos de 40 anos atrás para saber se foi envenenado. Mas, havia também algo de um ritual de ressurreição encenada. Jango voltava para a turma que está no poder e que se considera vítima de 1964 até hoje. Só pensam no passado que os “legitima” com nostalgia masoquista de torturas, heranças malditas, ossadas do Araguaia, em vez de fazerem reformas no Estado paralítico e patrimonialista.

Querem continuar a “luta perdida” daqueles tempos ilusórios. Eu estava lá e vi o absurdo que foi aquela tentativa de “revolução” sem a mais escassa condição objetiva. Acuaram o trêmulo Jango, pois até para subversão precisavam do Governo. Agora, nossos governantes continuam com as mesmas ideias de 50 anos atrás. Ou mais longe. Desde a vitória bolchevique de 1921, os termos, as ilusões são as mesmas. Aplica-se a eles a frase de Talleyrand sobre a volta dos Bourbons ao poder: “Não aprenderam nada e não esqueceram nada”.

É espantosa a repetição dos erros já cometidos, sob a falácia do grande “teólogo” da História, Hegel, de que as derrotas não passam de “contradições negativas” que levam a novas teses. Esse pensamento justificou e justifica fracassos e massacres por um ideal racional. No PT e em aliados como o PC do B há um clima de janguismo ou mesmo de “brizolismo”, preferência clara da Dilma.

Brizola sempre foi uma das mais virulentas e tacanhas vozes contrárias ao processo de desestatização.

Mas, além dessas mímicas brasileiras do bolchevismo, os erros que querem repetir os comunistas já praticavam na época do leninismo e stalinismo: a mesma postura, o mesmo jargão de palavras, de atitudes, de crimes justificados por mentiras ideológicas e estratégias burras. Parafraseando Marx, um espectro ronda o Brasil: a mediocridade ideológica.

É um perigo grave que pode criar situações irreversíveis a médio prazo, levando o país a uma recessão barra pesada em 2014/15. É necessário alertar a população pensante para esse “perigo vermelho” anacrônico e fácil para cooptar jovens sem cultura política. Pode jogar o Brasil numa inextrincável catástrofe econômica sem volta.

Um belo exemplo disso foi a recusa do Partido Comunista Alemão a apoiar os socialdemocratas nas eleições contra os nazistas, pois desde1924 Stalin já dizia que os “socialdemocratas eram irmãos gêmeos do fascismo”. Para eles, o “PSDB” da Alemanha era mais perigoso que o nazismo. Hitler ganhou e o resto sabemos.

Nesta semana li o livro clássico de William Waack “Camaradas”, sobre o que veio antes e depois da intentona comunista de 1935 (livro atualíssimo que devia ser reeditado), e nele fica claro que há a persistência ideológica, linguística, dogmática e paranoica no pensamento bolchevista aqui no Brasil. A visão de mundo que se entrevê na terminologia deles continua igual no linguajar e nas ações sabotadoras dos aloprados ao mensalão — o fanatismo de uma certeza. Para chegar a esse fim ideal, tudo é permitido, como disse Trotsky: “a única virtude moral que temos de ter é a luta pelo comunismo”. Em 4 de junho de 1918, declarou publicamente: “Devemos dar um fim, de uma vez por todas, à fábula acerca do caráter sagrado da vida humana”. Deu no massacre de Kronstadt, em 21.

No Brasil, a palavra “esquerda” continua o ópio dos intelectuais. Pressupõe uma “substância” que ninguém mais sabe qual é, mas que “fortalece”, enobrece qualquer discurso. O termo é esquivo, encobre erros pavorosos e até justifica massacres. Temos de usar “progressistas e conservadores”.

Temos de parar de pensar do Geral para o Particular, de Universais para Singularidades. As grandes soluções impossíveis amarram as possíveis. Temos de encerrar reflexões dedutivas e apostar no indutivo. O discurso épico tem de ser substituído por um discurso realista, possível e até pessimista. O pensamento da velha “esquerda” tem de dar lugar a uma reflexão mais testada, mais sociológica, mais cotidiana. Weber em vez de Marx, Sérgio Buarque de Holanda em vez de Caio Prado, Tocqueville em vez de Gramsci.

Não tem cabimento ler Marx durante 40 anos e aplicá-lo como um emplastro salvador sobre nossa realidade patrimonialista e oligárquica.

De cara, temos de assumir o fracasso do socialismo real. Quem tem peito? Como abrir mão deste dogma de fé religiosa? A palavra “socialismo” nos amarra a um “fim” obrigatório, como se tivéssemos que pegar um ônibus até o final da linha, ignorando atalhos e caminhos novos.

A verdade tem de ser enfrentada: infelizmente ou não, inexiste no mundo atual alternativa ao capitalismo. Isso é o óbvio. Digo e repito: uma “nova esquerda” tem de acabar com a fé e a esperança — trabalhar no mundo do não sentido, procurar caminhos, sem saber para onde vai.

No Brasil, temos de esquecer categorias ideológicas clássicas e alistar Freud na análise das militâncias. Levar em conta a falibilidade do humano, a mediocridade que se escondia debaixo dos bigodudos “defensores do povo” que tomaram os 100 mil cargos no Estado.

Além de “aventureirismo”, “vacilações pequeno burguesas”, “obreirismo”, “sectarismo”, “democracia burguesa,” “fins justificando meios”, “luta de classes imutável” e outros caracteres leninistas temos de utilizar conceitos como narcisismo, voluntarismo, onipotência, paranoia, burrice, nas análises mentais dos “militantes imaginários”.

Baudrillard profetizou há 20 anos: “O comunismo hoje desintegrado tornou-se viral, capaz de contaminar o mundo inteiro, não através da ideologia nem do seu modelo de funcionamento, mas através do seu modelo de des-funcionamento e da desestruturação brutal”, (vide o novo eixo do mal da A. Latina).

Sem programa e incompetentes, os neobolcheviques só sabem avacalhar as instituições democráticas, com alguns picaretas-sábios deitando “teoria” (Zizek e outros). Somos vítimas de um desequilíbrio psíquico. Muito mais que “de esquerda” ou “ex-heróis guerrilheiros” há muito psicopata e paranoico simplório. Esta crise não é só politica — é psiquiátrica.
 

 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O MITO DO SAL

FINALMENTE, QUAL É A DO SAL?

Por Aluizio Gomes

Meu primeiro contato com a macrobiótica foi no Rio de Janeiro, em 1972. Frequentei os restaurantes, no centro e em Copacabana, e comprei os livros de George Ohsawa e Flávio Zanatta.
A primeira coisa que me tocou foi a crítica direta à Coca-Cola, até então por mim, e por todo mundo como uma bebida inofensiva.
No entanto, veio-me à memória que, quando tomei a primeira Coca-Cola da minha vida, aos 5 anos, vomitei.

Outra coisa digna de nota foi a apologia do sal, por Ohsawa, um japonês, considerado Yang, em oposição aos alimentos Yin(frutas, água, verduras).
O arroz integral é classificado como o alimento perfeito, no ponto de equilíbrio entre o Yang e o Yin.
Ao longo do tempo, começou na medicina ocidental uma crítica ao sal, o sódio, mais exatamente, provoca hipertensão, danifica a função renal.

Puxa, então Ohsawa estava errado?
Depois de futucar no Youtube, verifiquei que o sal japonês é o sal grosso, sal marinho, que contém todos os sais do mar, enquanto o nosso sal é o sal refinado, cloreto de sódio apenas.

Então, porque não se esclarece isto ao povo? Devido a interesses industriais, a indústria quer vender o sal refinado, não importa quão deletério ele seja. Se o cara adoecer, melhor para Big Pharma, que vai vender remédios para hipertensão, rins, etc.


MORAL DA HISTÓRIA: OS OTÁRIOS QUE SE LASQUEM!

sábado, 4 de janeiro de 2014

À BEIRA DO ABISMO

Estadão. 30/12/2013

"A Petrobras concluiu a venda de sua participação de 35% no bloco BC-10 da Bacia de Campos, referente ao projeto Parque das Conchas, por US$ 1,636 bilhão. Principal parceira no projeto, a petroleira anglo-holandesa Shell pagou US$ 1 bilhão pela fatia de 23% no bloco, passando de 50% para 73% sua participação no bloco da Bacia de Campos." 
    

Comentário
Por Ossami Sakamori


No undécimo minuto de fechar o ano de 2013, a Petrobras vende uma fatia de participação do bloco de exploração, em plena atividade, na Bacia de Campos, para a Shell.  A venda de ativos da Petrobras, conforme previa o Plano de Investimentos da Companhia, se concentrava em ativos no exterior.  A surpresa é que a Petrobras está vendendo ativos "filé mignon", dos campos do território brasileiro a toque de caixa.  Para fazer caixa da Companhia ou fazer caixa para campanha?

 Isto me  cheira a ovo podre. Estamos a falar de venda de ativos correspondente em moeda brasileira a R$ 3,85 bilhões. Pela maneira que foi anunciada, parece não ter obedecido as leis de licitações sobre venda de qualquer ativo, que é o de fazer avaliação do ativo pela auditoria externa, independente, e colocá-la em licitação.  No caso da Shell e outra empresa parceira, nas mesmas condições do ofertante do leilão, teria preferência na aquisição.   O negócio, pelo visto, foi feito numa mesa, como se negociam uma caixa de banana.  

Isto fede!  Se as normas e leis permitem "dispensa de licitação", mesmo assim, não cumpriu as regras da boa governança corporativa que se submetem as empresas com capital aberto, como é o caso da Petrobras.  Lembrando que a Petrobras é uma empresa de economia mista, cujo controle é da União Federal.  Se isto tivesse acontecido com uma empresa privada, certamente, os diretores envolvidos, seriam processados e mandado para Papuda.  Ou no mínimo os tais diretores seriam considerados inidôneos pelo mercado.  Nunca mais teriam emprego em lugar nenhum.  

A venda de ativos no Brasil comprova que a Petrobras se encontra em grande dificuldade de geração de caixa, sobretudo pela defasagem de preço de combustíveis que vendem na refinaria.  A Petrobras vem bancando sozinha o subsídio de combustíveis, para tentar segurar a inflação.  Não sabemos até quando vai durar esta situação anômala.  Só espero que a Petrobras, não entre em insolvência, mesmo com a postergação de Plano de Investimento de US$ 236 bilhões, anunciado pela presidente Dilma com grande destaque na imprensa.  

No entendimento popular, a situação se configura como aquele cara que "vende" o almoço para "comprar" a janta do dia.  Pior, alguém levou vantagem R$ milionária nesta operação.  Quem foi que levou nessa? Se correr o bicho pega, se parar o bicho come!  O bicho no caso, não é propriamente a Petrobras, mas sim o povo brasileiro.

Vamos dar uma virada em 2014, vamos?



O CASO VARIG

OS ABUTRES DA AVIAÇÃO

Por Leonardo Attuch

Na teoria, o PT, como seu próprio nome indica, é o Partido dos Trabalhadores. Na prática, tem uma repulsa completa à ideia de que trabalhadores possam exercer funções de comando em empresas privadas - e o caso Varig talvez seja apenas um entre vários exemplos. A história que vem sendo contada até agora pelos governistas tem um tom fatalista. Como não havia alternativa, só se permitiu a venda da empresa ao fundo abutre do investidor chinês Lap Chan e seus laranjas porque, caso contrário, a empresa quebraria. Seguindo esse roteiro, a ministra Dilma Rousseff foi uma heroína, que teve a iniciativa de meter a mão na cumbuca para evitar a perda de milhares de empregos e o sumiço de um ícone empresarial brasileiro.

A história real, no entanto, é diferente. Havia, sim, um plano B, que jamais foi considerado pelo governo petista. Os trabalhadores da empresa, que eram seus principais credores, uniram-se em torno da Associação dos Pilotos da Varig (Apvar). Pretendiam usar seus créditos trabalhistas, os salários atrasados e até mesmo o dinheiro que haviam colocado no Aerus, o fundo de pensão da companhia aérea, para capitalizar a empresa. Em junho de 2006, ofereceram US$ 450 milhões pela Varig, mas o juiz que conduzia o processo de falência, Luiz Roberto Ayoub, não homologou a proposta.
O PT poderia optar entre os trabalhadores da Varig e oslaranjas de um chinês. Ficou com a segunda alternativa.Em grande medida, porque o governo federal a tornou inviável, ao decretar a intervenção no Aerus e também ao ameaçar seqüestrar todos os recursos pagos no leilão para a quitação de dívidas fiscais.
Quando os trabalhadores foram colocados em posição de impedimento, o investidor Lap Chan, que já vinha ciscando na grande área, pôde marcar seu gol. Num novo leilão, ofereceu US$ 24 milhões, - 5,3% do que os trabalhadores se dispunham a pagar pela Varig. E levou a companhia sem nenhum tipo de sucessão fiscal e trabalhista - algo que o PT jamais cogitou oferecer aos funcionários da Varig. Os empregos sumiram e o dinheiro do Aerus também - hoje, cerca de 8,5 mil pensionistas da companhia aérea, ex-pilotos e comissários vivem na rua da amargura.

A venda da Varig aos empregados contrariava grandes interesses, infiltrados na Casa Civil e na Anac. Primeiro, porque poderia preservar a competição e evitar o duopólio entre TAM e Gol. Segundo, porque traria ao Brasil, como sócia da Varig, um grande investidor - a Lanchile estava interessada no negócio. Hoje, quando se fazem as contas, conclui-se que o fim da Varig custou cerca de R$ 10 bilhões ao país. As rotas internacionais foram ocupadas por empresas estrangeiras e o mercado brasileiro tornou-se um dos menos competitivos do mundo.
Eis aí o resultado do heroísmo da Casa Civil.
  


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

EU E ISABEL NA OFICINA BRENNAND


FALOU MAILSON

ABSURDO

Por Mailson da Nóbrega


Na Veja que circula amanhã, analiso a impensada proposta do ministro da Fazenda, de suspender a entrada em vigor dos airbags e dos freios ABS. Sua intenção era evitar o efeito na inflação (menos de 0,1% no IPCA) e atender pressões de sindicatos contra o fim da fabricação da Kombi e outros veículos. Ele se intrometeu em área que não lhe diz respeito, quis privilegiar o controle do IPCA (quando deveria agir sobre as causas da inflação) em detrimento da segurança dos automóveis e buscou suspender a marcha da "destruição criativa", que é a essência do processo de crescimento econômico. Esse conceito, que tem origem no Manifesto Comunista de Marx e Engels, foi popularizado, no sentido positivo, pelo economista Joseph Schumpeter. Trata-se do processo incessante de inovação, característico do sistema capitalista, que substitui produtos e processos, contribuindo para elevar a produtividade, o potencial de crescimento e o bem-estar social. O artigo detalha esse processo. De tão absurda, a ideia do ministro não vingou.