quinta-feira, 11 de julho de 2013

A OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA

A SOCIEDADE DE CONSUMO
Por Aluizio Gomes
Pode-se dizer que o berço da civilização ocidental foi a Grécia Antiga.
As civilizações mais antigas ficavam mais no Oriente e na África:Egito,Pérsia e Mesopotâmia.
Os filósofos gregos, Aristóteles, Platão, Sócrates, e tantos outros, desenvolveram todo um arcabouço intelectual, que deu base ao crescimento da civilização ocidental.
Este crescimento mostrou a potencialidade do homem em criar, inventar, o que se refletiu numa coisa que ninguém esperava, mas foi consequência: o aumento da produtividade, da riqueza, como um todo, e ainda mais, do poder.
A sofisticação da civilização ocidental distanciou-se assim do ascetismo asiático. Importando o cristianismo asiático, de Jerusalém, para Roma, foi outro golpe político, para castrar o antigo ascetismo cristão.
A Igreja de Roma tornou-se mais secular do que religiosa, praticou descaradamente a simonia, até descambar na Reforma de Lutero.
Outro descaminho funesto da nossa civilização deu-se com o Renascimento. Invés de voltar ao antigo ascetismo, aumentou em muito a capacidade do homem em acumular riqueza, através de uma nova invenção sua: as máquinas.
Por toda a Europa, sempre houve protestos e insatisfações contra ao poder de poucos contra muitos. Thomas Moore escreveu então “A Utopia”, um lugar imaginário, onde não haveria discriminações nem injustiças.
Novos filósofos, principalmente na França, lançaram as bases para a derrubada da monarquia, corrigindo antigas injustiças, como o feudalismo, servidão, etc.
Mas, foi uma revolução burguesa, deu mais poder ainda ao capitalismo, que veio à tona com uma nova injustiça: o capitalismo selvagem.
Vem então Karl Marx, que levanta a civilização contra a nova injustiça, propondo uma sociedade onde não haveria propriedade privada.
Teoricamente, funcionaria muito bem, se não fosse uma coisa inerente ao homem: a cobiça, mas isto é outra história.
No universo capitalista, a cobiça realmente levou a enormes desvios, sendo a obsolescência programada apenas um deles.
Ecologia, acessibilidade, sustentabilidade, são coisas relativamente recentes, aos quais já existem muitos grupos cuidando do assunto, e os industriais, lentamente, vão se adaptando aos novos tempos.
O que, particularmente acho saudável nisto tudo, e digno de nota, é a liberdade que temos em criticar o sistema, sem risco de apodrecer numa masmorra.
O capitalismo é imperfeito, reflete a própria imperfeição do homem, porém ele se reinventa. O capitalismo de hoje não é igual ao capitalismo de 100 anos atrás.
A obsolescência programada produz grandes danos ambientais, o lixo industrial, etc, tudo isto colocou a indústria em cheque, mas deve-se reconhecer que nos países comunistas, e na Rússia, o desrespeito a normas ambientais é maior do que no ocidente.
Para evitarmos um colapso ambiental , precisamos de bens mais duráveis, e normas de reciclagem mais rígidas.
A indústria, investindo mais em R & D (Research and Development), pode e deve lançar no mercado bens mais duráveis, porém só acordos internacionais, que boicotem indústrias transgressoras, fará com isto funcione na prática.


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