terça-feira, 11 de outubro de 2016

OBESIDADE

OBESIDADE x REFRIGERANTE

Por muitos anos a indústria de refrigerantes vem usando o fato inegável que a obesidade tem muitas causas para se omitir de sua própria responsabilidade.

Eles afirmam:
 “O povo está comendo demais, façam mais exercício !”

Nos Estados Unidos, o consumo de calorias oriunda de refrigerante triplicou desde 1970 até agora, sendo responsável por metade do aumento nacional de calorias.

O refrigerante não tem nenhum valor nutritivo. É água com açúcar, calorias que não alimentam, mas sobem o trabalho de rins e pâncreas para eliminar o excesso de açúcar.

Isto predispõe não só à obesidade, como também, a diabetes.

Somando ao açúcar, o refrigerante contém aditivos químicos, comprovadamente cancerígenos.

O lobby do açúcar é muito poderoso, amordaçando não só a imprensa, mas também a classe médica.


                         

domingo, 25 de setembro de 2016

O UNIVERSO

CONSIDERAÇÕES SOBRE O UNIVERSO

Aluizio Gomes

Finalmente, o universo é finito ou infinito?
Se aplicarmos na tese, a Lei de Ação e Reação , veremos a impossibilidade dos dois casos.

Toda reação causa uma reação, e esta reação já é, por si mesma, uma ação, causando assim uma consequência adiante.

Então o universo não pode ser finito, tanto no inicio, como no fim, porque o Big Bang é efeito de uma causa anterior, aquilo que provocou o Big Bang.

E também não pode ter um evento final, a morte, porque isto causará um feito adiante.

Seria então infinito? Também não, porque então haveria um espaço infinito entre um evento e o consequente.

A melhor conclusão seria um universo atemporal, além do tempo, coincidindo com a tese indu, de que o tempo não existe, é uma ilusão.

Coincide também com o conceito cristão da vida eterna, onde não existe isto de tempo.


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

MONTE CARMELO

O PROMONTÓRIO DOS CARMELITAS

INTRÓITO por Aluizio Gomes


Haifa. Cidade da Palestina, construída nas encostas do monte Carmelo tem uma história de mais de 3.000 anos, desde a última Idade do Bronze .Por ser um local portuário, próximo ao Egito, meio caminho para a Mesopotâmia, sempre foi muito cobiçada, estrategicamente.
Pertenceu a fenícios, romanos, bizantinos, árabes, cruzados, turcos, ingleses e finalmente a Israel, hoje em dia.
Em Haifa existe o monte Carmelo, onde uma gruta é conhecida como a “gruta de Elias”, tradicionalmente ligada a Elias, do Antigo Testamento. Existe sítio também histórico no alto do monte, onde se faziam holocaustos, tanto do rito fenício, como hebreu.
Após a conquista árabe, vieram os cruzados, que estabeleceram um breve reinado na Terra Santa.
Voltou assim o predomínio cristão na área, quando eremitas europeus começaram a ocupar as cavernas do monte, até formarem uma nova ordem monástica, assim chamada Carmelitas. Ao chegarem os turcos a igreja deles foi transformada em mesquita, depois passou para hospital, e só no século XIX voltou a ser um monastério

GEOGRAFIA
O Monte Carmelo é uma montanha que está na cordilheira de mesmo nome, em Israel (antiga Palestina), com 34 quilômetros de extensão limitando-se ao norte com Haifa, cidade marítima, pelo sul com as terras de Cesaréia, pelo leste com a planície do Esdrelon, e a oeste com o mar Mediterrâneo. O ponto mais elevado da cordilheira tem aproximadamente 525 metros acima do nível do mar, e é denominado Monte do Sacrifício. Pela sua notável posição geográfica, entre duas planícies e o mar, desde a Idade da Pedra, as suas numerosas grutas serviram de habitação, conforme estudos antropológicos que foram realizados nos esqueletos ali encontrados.

O MONTE CARMELO NA HISTÓRIA ANTIGA

 Na lista das cidades de Tutmósis III (século XV antes de CRISTO) o Carmelo é chamado de “Cabo Santo”, nome que se supõe de um culto antigo que se fazia por lá, em honra do próprio Monte ou de seu Baal (conforme M. Avi-Yonah, em seu livro: “Mount Carmel and the God of Baalbek”). Na História Sagrada o Monte ficou famoso, por causa da disputa entre o profeta Elias e os sacerdotes fenícios de Baal. Nele os sacerdotes sacrificavam em honra de sua divindade Baal, da mesma forma que Elias fazia os sacrifícios em honra de DEUS. E foi neste mesmo lugar que o profeta, diante das autoridades e do povo de Israel, provou a impotência e ineficácia do deus Baal e mostrou a grandeza e o valor do verdadeiro DEUS. O fato aconteceu assim:
No fim do século IX aC, (874-853 antes de CRISTO), Acab reinava loucamente Israel junto com sua sanguinária esposa Rainha Jezabel, que logo mandou matar todos os profetas de DEUS e destruiu os altares de sacrifícios, trazendo para Israel os sacerdotes de Baal de Tiro, permitindo e incrementando o culto aquela divindade. O SENHOR mandou-lhe um pesado castigo, infringindo uma terrível seca ao país, deixando Israel sem condições de produzir alimentos e com uma minguada quantidade de água para o consumo humano, para o gado e a criação em geral. No final do terceiro ano de seca, DEUS chamou o profeta Elias e mandou que avisasse Acab, que ia acabar com a seca. O SENHOR, misericórdia infinita, infundiu luz na mente do profeta para ele alertar ao Rei e a Rainha sobre aquele modo insensato de viver e administrar o reino.
Acab recebeu Elias com frieza, censurando-o: “Ai está o flagelo de Israel”! (1 Rs 18, 17). O profeta respondeu: “Não sou eu o flagelo de Israel, mas tu e tua família, por que abandonaste DEUS e seguiste os baals. Pois bem, manda que se reúna junto a mim, no Monte Carmelo, todo o Israel, com os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, que comem à mesa de Jezabel”. (1 Rs 18, 18) Elias quis provar ao Rei que o deus Baal não atuava e não tinha qualquer força, e assim, queria lhe mostrar o verdadeiro poder Divino.
Todo o povo foi reunido no Monte Carmelo e Elias se aproximando perguntou: “Até quando permanecerão na dúvida? Se JAVÉ é DEUS segui-o, mas se é Baal, segue-o”. (1 Rs 18, 21) E o povo não pode lhe responder. Então Elias mandou os quatrocentos e cinquenta sacerdotes de Baal esquartejar um novilho e colocá-lo sobre a lenha, no altar de sacrifícios, sem por fogo. Ele faria a mesma coisa com outro novilho. Depois mandou que eles invocassem o nome do deus deles e ele também ia fazer a mesma coisa. O deus que respondesse enviando fogo para queimar o sacrifício (holocausto) era o DEUS verdadeiro. Os sacerdotes rezaram, chamaram a sua divindade e até gemeram, desde a manhã até o meio dia e o deus Baal não respondeu. Elias então zombou, mandando que eles gritassem mais alto, podia ser que Baal estivesse tirando uma soneca! E nada aconteceu com o novilho deles. Então Elias pediu ao povo para se aproximar e na hora da oferenda, rezou: “JAVÉ, DEUS de Abraão, de Isaac e de Israel, hoje todos ficarão sabendo que TU és DEUS em Israel, que sou TEU servo e que é por TUA ordem que fiz todas essas coisas. Responda-me JAVÉ, responda-me, para que este povo reconheça que TU és JAVÉ, o DEUS, e que convertes os corações deles”! (1 Rs 18, 36-37) Então imediatamente caiu o fogo de JAVÉ e consumiu o holocausto (novilho) e toda a lenha, para que todos conhecessem quem era o verdadeiro DEUS e se convertessem. O povo admirado presenciou tudo e respeitosamente todos se prostraram com o rosto no chão dizendo e repetindo: “JAVÉ que é o DEUS! JAVÉ que é o DEUS”. Os profetas e sacerdotes de Baal foram todos presos e mortos. (1 Rs 18, 39-40)
Elias se aproximou do Rei Acab e recomendou que ele voltasse e ficasse no palácio: “Sobe, come e bebe, pois estou ouvindo o barulho da chuva”. E a seguir, o profeta subiu ao cume do Monte Carmelo para rezar, e então, viu se elevar do mar uma pequena nuvem como se fosse à mão de uma pessoa. Num instante o Céu escureceu e caiu uma forte chuva beneficiando toda a região. (1 Rs 18, 16-45)
Ao longo da sua vida, o profeta sempre revelou um imenso e ilimitado amor a DEUS, que lhe dava forças e a inspiração necessária à sua caminhada existencial. Recebeu do Altíssimo, uma quantidade preciosa de dons e virtudes, que impulsionava as suas atitudes, estando sempre pronto a agir dentro da justiça e do direito. O seu exemplo foi seguido por muitos, fundando uma admirável escola de profetas, da qual, o profeta Eliseu foi o seu primeiro discípulo.
Por outro lado, aquela nuvem benfazeja e em forma de mão enviada por DEUS, que deu origem àquela caridosa e providencial chuva, passou a ser interpretada como uma preciosa Intercessora, que trabalhou maravilhosamente a serviço do SENHOR e em benefício do povo, e por isso mesmo, foi compreendida como sendo obra da própria MÃE DE DEUS.
Quando os Cruzados chegaram à Terra Santa, no século XII, divulgou-se que encontraram vivendo no Monte Carmelo, uma colônia de eremitas que afirmavam ter o profeta Elias como fundador e patrono, e a MÃE DE DEUS como a VIRGEM DO CARMELO. O grupo foi aumentando com a adesão de cruzados, que não queriam continuar com a guerra e almejavam a paz e uma existência mais dedicada às orações.
No meio dos cruzados, entre os anos 1153 e 1159, também estava Bertoldo um soldado idealista  que veio da Europa. Inspirado no profeta Elias, foi para o Monte Carmelo, e lá, com o auxílio de companheiros e de eremitas que viviam no local, construiu uma pequena Ermida perto da gruta de Elias e próximo a algumas ruínas existentes.
Provavelmente em 1209, aqueles homens almejando organizar a Comunidade em que viviam, pediram ao Bispo Alberto, Patriarca de Jerusalém, que era um homem piedoso e de reconhecida sabedoria e prudência, que lhes fizesse uma Regra de vida, a qual receberam com respeito e a seguiram com muita devoção. Posteriormente fizeram aquele documento chegar às mãos de Sua Santidade o Papa Honório III, que o aprovou integralmente no dia 30 de Janeiro de 1226.
Naquele local ermo, vivendo abrigados na própria natureza, aqueles homens puderam cultivar ardorosamente a devoção à VIRGEM MARIA, manifestando a grandeza de seu amor. Inicialmente ao ar livre, unidos ao redor da rústica Ermida, junto à fonte de Elias, onde piedosamente rezavam à VIRGEM DO CARMELO, exaltando e louvando a bondade Divina. Na continuidade dos anos construíram um modesto Mosteiro que atendeu às suas necessidades.
Entretanto a ameaça otomana estava sempre presente, lutando contra os cristãos das Cruzadas e não desistindo de dominar a Terra Santa, mantinham uma sangrenta e impiedosa luta. Em consequência, alguns soldados cruzados, que já viviam com os eremitas do Monte Carmelo, com receio do inimigo mortal, desde o ano 1220 começaram a regressar aos seus países de origem na Europa.
Pelo ano 1222, dois cruzados ingleses levaram para a Inglaterra, alguns daqueles eremitas que habitavam o Monte Carmelo. Simão Stock, que vivia no interior do país e era um homem de oração, austero e penitente, assim que soube se uniu a eles. Segundo uma lenda que se mantém viva até hoje, o fato de Simão se ter unido aquele grupo mariano foi em consequência de uma forte inspiração. Enquanto rezava, lhe foi sugerido que se unisse a aqueles eremitas devotos de MARIA que vinham do Oriente Médio.
No ano de 1238, quando finalmente a Terra Santa caiu em poder dos muçulmanos, a maioria dos eremitas fugiu para as suas pátrias: Itália, Grécia, França, Inglaterra, e aqueles que ficaram, imaginando que poderiam continuar no Monte sem qualquer dificuldade, foram massacrados pelos turcos.
Na Europa, nas diversas regiões onde se fixaram aqueles eremitas, eles foram se reunindo em pequenos grupos, cada um procurando se adaptar ao novo ambiente, vivendo do modo que todos viviam, trabalhando incansavelmente para alcançar os seus ideais e objetivos. E dessa maneira, com esforço e dedicação também deram vida a uma força interior idealizadora, que se mantinha acesa em seus corações, a qual deu origem a Ordem Carmelita.
Por causa da devoção que tinham a NOSSA SENHORA, ficou popularmente conhecida como a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada VIRGEM MARIA do Monte Carmelo ou Ordem do Carmo, ou simplesmente Carmelitas.
A Ordem Carmelita cresceu e se espalhou por muitos países. No século XVI, na Espanha, houve uma renovação liderada por Santa Teresa d'Ávila com o precioso auxílio de São João da Cruz, famosos místicos da Ordem do Carmo, dando origem aos Carmelitas Descalços. È um estilo de vida diferente do anterior, acrescentando novos elementos à formação religiosa, criando o que é denominado “Carisma Teresiano”. Por outro lado, a palavra “Descalço”, na Idade Média, era usada para expressar a pobreza, o despojamento interior que fazia parte das ordens reformadas. Por essa razão, vivendo o novo Carisma a Comunidade Religiosa adotou também o nome Descalço, com o mesmo objetivo de cultivar a pobreza e o despojamento interior. Todavia embora com sua denominação própria de "Carmelitas Descalços", pertencem a mesma Ordem do Carmo.
Atualmente, o espírito Carmelita também é vivido por leigos nas Ordens Terceiras, nas Confrarias e Fraternidades do Escapulário, na Juventude Carmelitana Missionária, Infância Missionária Carmelitana e nas diversas congregações que estão agregadas à Ordem do Carmo.

Fonte: História do Carmelo


domingo, 31 de julho de 2016

PETROBRÁS

CONTENCIOSO DA PETROBRÁS    
TRIMESTRE   VALOR, EM US$ BI
31/03/2003   $25,68
30/06/2003   $30,38
30/09/2003   $32,28
31/12/2003   $36,19
30/06/2004   $34,19
30/09/2004   $37,31
31/12/2004   $40,58
31/03/2005   $40,19
30/06/2005   $42,68
30/09/2005   $45,72
31/12/2005   $45,72
31/03/2006   $46,84
30/06/2006   $45,14
30/09/2006   $47,73
31/12/2006   $54,38
31/03/2007   $52,86
30/06/2007   $54,84
30/09/2007   $56,68
31/12/2007   $64,54
31/03/2008   $66,63
30/06/2008   $73,96
30/09/2008   $67,38
31/12/2008   $63,79
31/03/2009   $67,74
30/06/2009   $78,30
30/09/2009   $99,16
31/12/2009   $106,21
31/03/2010   $108,88
30/06/2010   $113,04
30/09/2010   $123,56
31/12/2010   $126,08
31/03/2011   $139,94
30/06/2011   $146,88
30/09/2011   $134,79
31/12/2011   $145,10
31/03/2012   $153,43
30/06/2012   $144,09
30/09/2012   $149,50
31/12/2012   $166,68
31/03/2013   $178,26
30/06/2013   $185,39
30/09/2013   $187,05
31/12/2013   $173,93
31/03/2014   $197,76
30/06/2014   $199,62
30/09/2014   $193,56
31/12/2014   $181,98
31/03/2015   $164,65
30/06/2015   $176,80
30/09/2015   $161,62
31/12/2015   $165,28
31/03/2016   $167,60

sexta-feira, 22 de julho de 2016

DONALD TRUMP


UMA AMEAÇA À DEMOCRACIA
Por Aluizio Gomes

“Ninguém conhece o sistema melhor do que eu, por isso sou a pessoa mais qualificada para consertá-lo".
(Donald Trump).
Aff, é muita presunção!

Qual a diferença entre a ascensão de Hitler e a de Donald Trump? Naquela época a Alemanha tinha sido derrotada na guerra, foi humilhada pelo tratado de Versailles, estava sob real ameaça comunista, além de uma inflação nunca vista. Hitler capitalizou tudo isto e foi eleito pelo partido nazista. Já nos Estados Unidos, não. A inflação está baixa, os juros, também, o desemprego está baixo também, o PIB crescendo. Não há motivo para tanta demagogia. O único motivo é o indisfarçável despeito dos brancos por um mulato estar na Casa Branca, por dois mandatos .
Já estive em Nova Iorque e presenciei o racismo. Isto numa cidade cosmopolita, imagine no Alabama, Mississipi.

Agora, vamos aos acordos comerciais. Trump alega que provocam desemprego nos Estados Unidos. É uma mistura de hipocrisia, mentira, demagogia, e desinformação. A economia americana passa de ser industrial para ser de serviços, se cai de um lado, sobe de outro. Se um produto é feito na China a baixo custo, não pode ser feito nos EUA a um custo muito maior. Se Trump, como quer, fabricar coisas nos Estados Unidos, deixando de importar, a inflação vai aumentar, o produto vai ficar caro, sem condição de concorrer com o importado. A inflação nos Estados Unidos está em quase ZERO, o PIB aumentando, o desemprego baixo, e até a produção industrial aumentando. Tudo o que Trump faz é simplesmente terrorismo, aproveitando a ignorância generalizada das pessoas.

Outra mentira: que os negros estão matando policiais. Não foi assim, os policiais brancos começaram a matar negros indefesos, e só depois de a justiça nada fazer, é que houve reação dos negros. VIOLÊNCIA E INJUSTIÇA GERAM VIOLÊNCIA.


Quem assistiu ao filme "Mississipi Burning" (Mississipi em Chamas), com Gene Hackman e Willem Dafoe, pôde ver o arraigado racismo lá.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

O SONHO

O GRANDE SONHO ATÁVICO EUROPEU

Por Aluizio Gomes
Geólogo

A Europa começou a ser ocupada pelo homem com o fim da última glaciação. O homem originou-se na África, migrou para a Ásia e , com o recuo das geleiras, chegou à Europa. Os fósseis, restos de esqueletos, artefatos de metal e cerâmica, pinturas rupestres, etc., foram e são encontrados por todo o continente europeu. Os fósseis humanos foram classificados em dois grupos principais, o homem de Neandertal, e o homem de Cro-Magnon, registros do Paleolítico e Neolítico.

Os séculos foram passando, mas o europeu continuava brutal, troglodita. O asiático, ao contrário, começou a evoluir, desenvolveu a escrita, domesticou animais e plantas, bem como o comércio e a navegação. Daí a formar os primeiros impérios foi um passo: Assírios, persas, egípcios, babilônios, hititas, etc.
Já na Palestina, a evolução foi espiritual e não material. Até hoje o Antigo Testamento nos guia neste sentido. E a Europa? Ainda no atraso. Anos se passaram até que os gregos começaram a sair da letargia, e formaram uma admirável civilização, e depois um império oriental, sob o comando de um macedônio.

Só depois apareceu o império romano, forte, organizado, que engoliu todo mundo, na Ásia e na Europa. Até hoje, o Direito Romano guia o conhecimento jurídico. Com a construção de estradas, ligando todo o império, rotas de navegação, e administração organizada, podemos afirmar que foi a primeira globalização da História.

Um dos motivos da queda do império romano foi a demografia, nas áreas externas cresceram muito as populações bárbaras. Afinal, foram séculos de crescimento populacional.Ao lado disto, os próprios bárbaros foram evoluindo economicamente e culturalmente. Foi como uma bomba de efeito retardado. Implodiu com as invasões bárbaras, enquanto internamente, os romanos se dividiam em querelas civis e militares. Caiu o império, acabou a globalização, a cultura, e começou a Idade das Trevas (Idade Média). A Europa foi fatiada entre os bárbaros, que adotaram a religião cristã e o próprio latim, que podia ser escrito. As fatias germinaram em nacionalidades independentes, franceses, ingleses, suecos, espanhóis, etc., que começaram mais de mil anos guerreando entre si, procurando cada um a hegemonia, nunca jamais alcançada.
Havia um sonho, um sonho de restaurar o brilho de um império, o império romano. Mas forças antagônicas, um nacionalismo exacerbado sempre obstaculizou a realização deste sonho. Impérios menores, como o germânico e o russo, por exemplo, conferiram títulos de César a seus imperadores: Kaiser e Tzar, significando César.

Antes, ainda no ano 800, o Papa já havia coroado Carlos Magno como imperador, originando o Sacro Império Romano-Germânico, mas como uma vez disse Voltaire, nunca foi Sacro nem Império e nem Romano.

Passaram-se os séculos, mas o sonho não morre. Mussolini sonhou em restaurar o império, Hitler sonhou no Reich de Mil Anos, tudo em vão.

Mais modernamente, surgiu a ideia de uma União Europeia, sempre ao lado de um nacionalismo separatista. A Iugoslávia e a Tchecoslováquia se fragmentaram, os ingleses sempre foram arredios a uma união. Até hoje dirigem seus carros na contramão e nunca adotaram o sistema métrico decimal, por pura implicância com os franceses, que criaram estas reformas.

Certa ocasião, afirmou Henry Kissinger: ”Quando quero falar com o Japão, sei a quem me dirigir. Quando quero falar com os chineses também. Mas, quando quero falar coma Europa, procuro quem?”

Finalmente, para competir com japoneses e americanos, fundou-se a União Europeia. Diferenças culturais e econômicas sempre foram pedras no sapato. O Reino Unido entrou, mas com um pé fora, não adotou a moeda única, e agora, finalmente sai da união, esfacelando mais uma vez o sonho atávico europeu.

Recife, em 24 de Junho de 2016.

Publicado no Jornal do Commercio no dia 02/07/2016, não na íntegra, por falta de espaço.